As justas homenagens na província dos pinheirais
30 de Novembro de 2013, 15:17 - sem comentários aindaEm julho último, nosso nobre vereador José Carlos Chicarelli(PSDC) – O vereador 156*, apresentou o projeto de lei ordinária, código 007.00003.2013, que pretendia conceder o título de Vulto Emérito de Curitiba para o Cidadão Fabio de Souza Camargo, até ontem, Conselheiro do Tribunal de Contas do estado.
O título de Vulto Emérito é concedido para curitibanos que tenham um trabalho reconhecido no desenvolvimento da cidade.
Segundo Chicarelli, a homenagem foi proposta depois de uma profunda pesquisa que visitou vários bairros da cidade para saber a opinião dos munícipes a respeito da importância de Fábio Camargo para a política da capital paranaense.
Depois de várias deliberações a respeito desta justa homenagem ao ex-vereador, ex-deputado e ex-conselheiro do TC, Fábio Camargo, nossos vereadores chegaram a conclusão de que não poderiam conceder a honraria, visto que, segundo as atribuições e prerrogativas da Câmara Municipal, este tipo de homenagem não se aplica a personalidades que estejam no exercício de cargo administrativo ou de fiscalização de órgãos públicos.
Depois que Fábio Camargo foi afastado do Cargo de Conselheiro do TC e também renunciou a seu mandato de Deputado Estadual, nada impede que Chicarelli apresente novamente a proposta para esta justa homenagem. Afinal, agora que o menino não exerce nenhum cargo público, a homenagem pelo menos servirá para engordar o currículo do garoto que precisa buscar uma vaguinha de trabalho no mercado formal, assim como nós, reles mortais.
Será que Chicarelli vai se dar ao trabalho ou a homenagem foi só oportunismo barato para atrair os holofotes da impressa durante as eleições para conselheiro do TC?
*O Vereador 156. Um apelido carinhoso ao vereador devido ao seu trabalho na Câmara Municipal. Mais de 80% de sua atividade legislativa diz respeito a requerimentos a prefeitura de Curitiba solicitando serviços como tapa buracos, roçadas, troca de lâmpadas e afins. Serviços que deveriam ser solicitados diretamente ao serviço 156 da prefeitura sem ter que passar pelo gabinete do vereador.
Enquanto isso…
Navegando por aí descubro que o nobre deputado Estadual Ney Leprevost, mesmo sem nunca ter publicado um único livro na vida, desde ontem é Membro da Academia de Letras José de Alencar.
Só mesmo em Curitiba para termos na Academia de Letras um escritor que nunca publicou nenhum livro.
Parabéns eleitor curitibano!
Polaco Doido
As justas homenagens na província dos pinheirais
30 de Novembro de 2013, 15:17 - sem comentários aindaEm julho último, nosso nobre vereador José Carlos Chicarelli(PSDC) – O vereador 156*, apresentou o projeto de lei ordinária, código 007.00003.2013, que pretendia conceder o título de Vulto Emérito de Curitiba para o Cidadão Fabio de Souza Camargo, até ontem, Conselheiro do Tribunal de Contas do estado.
O título de Vulto Emérito é concedido para curitibanos que tenham um trabalho reconhecido no desenvolvimento da cidade.
Segundo Chicarelli, a homenagem foi proposta depois de uma profunda pesquisa que visitou vários bairros da cidade para saber a opinião dos munícipes a respeito da importância de Fábio Camargo para a política da capital paranaense.
Depois de várias deliberações a respeito desta justa homenagem ao ex-vereador, ex-deputado e ex-conselheiro do TC, Fábio Camargo, nossos vereadores chegaram a conclusão de que não poderiam conceder a honraria, visto que, segundo as atribuições e prerrogativas da Câmara Municipal, este tipo de homenagem não se aplica a personalidades que estejam no exercício de cargo administrativo ou de fiscalização de órgãos públicos.
Depois que Fábio Camargo foi afastado do Cargo de Conselheiro do TC e também renunciou a seu mandato de Deputado Estadual, nada impede que Chicarelli apresente novamente a proposta para esta justa homenagem. Afinal, agora que o menino não exerce nenhum cargo público, a homenagem pelo menos servirá para engordar o currículo do garoto que precisa buscar uma vaguinha de trabalho no mercado formal, assim como nós, reles mortais.
Será que Chicarelli vai se dar ao trabalho ou a homenagem foi só oportunismo barato para atrair os holofotes da impressa durante as eleições para conselheiro do TC?
*O Vereador 156. Um apelido carinhoso ao vereador devido ao seu trabalho na Câmara Municipal. Mais de 80% de sua atividade legislativa diz respeito a requerimentos a prefeitura de Curitiba solicitando serviços como tapa buracos, roçadas, troca de lâmpadas e afins. Serviços que deveriam ser solicitados diretamente ao serviço 156 da prefeitura sem ter que passar pelo gabinete do vereador.
Enquanto isso…
Navegando por aí descubro que o nobre deputado Estadual Ney Leprevost, mesmo sem nunca ter publicado um único livro na vida, desde ontem é Membro da Academia de Letras José de Alencar.
Só mesmo em Curitiba para termos na Academia de Letras um escritor que nunca publicou nenhum livro.
Parabéns eleitor curitibano!
Polaco Doido
Fruet na primeirinha, na subida, mas no caminho
29 de Novembro de 2013, 11:14 - sem comentários aindaNão seria humanamente possível corrigir os vícios adquiridos durante os 15 anos das gestões Taniguchi, Richa e Ducci, apenas nestes poucos meses da gestão Gustavo Fruet. Porém, a seu modo e com seus passos de tartaruga, a equipe de Fruet parece estar empenhada em colocar a administração municipal novamente nos eixos.
Ontem, 28/11, o prefeito enviou a mensagem Nº 067/2013 aos nossos bravos vereadores municipais. Aqui: http://skora.com.br/aplicativos/wp-content/uploads/2013/11/mensagem0672013.pdf
O documento do prefeito sugere a extinção e fusão de algumas secretarias, a criação de novas secretarias e insere novas atribuições ao gabinete do prefeito.
Entre as secretarias que serão extintas, está a Secretaria Municipal Antidrogas, criada pela lei nº 12.667/2008 durante o primeiro mandato de Beto Richa.
A Secretaria Municipal Antidrogas, em tese, deveria articular ações de prevenção ao uso indevido de drogas e a reinserção social de dependentes, bem como, estabelecer parcerias para repressão do tráfico dento do município.
Na prática, muito pouco foi feito. O consumo de crack na cidade de Curitiba aumentou assustadoramente e a Secretaria Municipal Antidrogas serviu basicamente como vitrine e trampolim político-eleitoral para aliados do grupo político que dominou a cidade de 1996 até 2011. O maior beneficiado pela criação desta secretaria foi seu primeiro secretário, Fernando Francischinni (SSD-PR), que saiu do quase anonimato em 2008, para tornar-se Deputado Federal pelo PSDB, eleito em 2010 com 130.522 votos, o 6º melhor colocado nas eleições daquele ano.
Com a reforma proposta por Fruet, as atribuições da Secretaria Municipal Antidrogas, passam a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal da Defesa Social.
Cumprindo o que prometeu no inicio do mandato, o documento de Fruet cria a Secretaria de Informação e Tecnologia (SIT), aos cuidados de Paulo Miranda, que já havia sido anunciado como comandante da nova pasta em fevereiro deste ano.
A criação desta nova secretaria recoloca os serviços de tecnologia da informação novamente aos cuidados do município, de onde nunca deveriam ter saído.
Desde 1998, durante a gestão de Cássio Taniguchi, a cidade foi ficando cada vez mais refém dos serviços prestados pelo ICI, uma organização sem vínculos formais com o poder municipal, mas com um poder quase absoluto dentro nos processos da gestão municipal e que, através da prestação de serviços, vem consumindo somas astronômicas dos recursos municipais, sem nenhuma transparência da real destinação destes recursos.
Por enquanto, a nova secretaria apenas vai supervisionar a execução dos serviços do ICI. A cidade tem contratos com o instituto até o ano de 2016 e estes contratos ainda consomem cerca de R$ 117 milhões por ano. Enquanto forem terminando estes contratos a cidade vai ficando livre para, se necessário, contratar novos prestadores de serviço sem a obrigatoriedade de ter que recorrer sempre as vontades e a sede de lucros do ICI.
Esta suposta morosidade para reforma administrativa do município tem uma justificativa bastante coerente.
Como o orçamento deste ano foi determinado pela gestão anterior, o executivo municipal não tinha poderes para realocar verbas já estipuladas para as diversas secretarias da gestão passada. Para o próximo ano, é a atual gestão quem determina o orçamento e, com isso, o novo prefeito fica livre para efetuar as mudanças necessárias para recolocar Curitiba novamente nos eixos.
Evidente que ainda há muito que ser feito. Esta reorganização administrativa é apenas um pequeno passo. Eu, particularmente, nunca depositei muita confiança em Fruet, principalmente por causa de seu passado tucano, mas admito, apesar das pesadas críticas que o novo prefeito vem recebendo, parece que está no caminho certo.
Quem sabe, daqui alguns anos, Curitiba novamente volte a merecer o status de cidade modelo.
Polaco Doido
O chororô infantilizado do curitiboca padrão
26 de Novembro de 2013, 15:49 - sem comentários aindaSe tivesse 0,01% do talento de um Euclides da Cunha, ousaria limitar esta postagem a uma única frase:
O curitiboca é, antes de tudo, um bosta.
Mas, como não fui agraciado com a genialidade dos mestres das letras tupiniquins, resta apenas ater-me aos fatos. Quem sabe, com muito esforço, consigo esconder por mais algum tempo a realidade de que este Polaco metido a escrevedor é nada mais que uma fraude, tão irrelevante quanto os dejetos fecais da mosca do cocô do cavalo do bandido [é, o ataque de ontem, das felicianettes contra este espaço insalubre, me deixou bastante chateado. Aguente].
Vamos aos fatos:
Tenho certeza que o leitor ainda lembra-se do descontentamento generalizado da população curitibana contra os gestores municipais nos dois primeiros anos desta década. Nem seria para menos, desde que o grupo Richa/Taniguchi assumiu o comando em 1997, o que antes era considerado modelo degringolou. A qualidade dos serviços públicos de transporte, saúde e educação foram ficando cada vez piores. A cidade virou um verdadeiro balcão de negócios suspeitos com suas hiper-obras eleitoreiras e a administração publica municipal só conseguia sobreviver graças as milionárias campanhas publicitárias que transformaram Curitiba na capital da propaganda enganosa. Não foi por outro motivo que o sucessor da dinastia Richa/Taniguchi, Luciano Ducci, nem chegou a disputar o segundo turno no ano passado. Também, não é nenhuma surpresa o atual estado de calamidade em que se encontra o Paraná. Richa e seu super secretário Taniguchi, fazem com o estado o mesmo que fizeram com a capital, secam os cofres públicos e nos dão em troca os relevantes serviços das mais caras agências de publicidade.
Felizmente, em Curitiba este ciclo vergonhoso de desmonte da cidade teve fim. Por falta de uma opção melhor, o eleitorado da capital escolheu Gustavo Fruet para assumir as rédeas da condução municipal. Ninguém esperava que seria uma tarefa fácil. Afinal, não se eliminam tantos vícios adquiridos ao longo de 15 anos com apenas poucos meses da nova gestão. Fruet, por não possuir uma equipe com experiência no executivo, teve que se aliar aos antigos lernistas para, ao menos, manter a cidade funcionando.
Assim, com seus passos de tartaruga, a gestão Fruet vem tentando mostrar serviço. É pouco a gente esperava muito mais, mas em compensação, em apenas 11 meses, já foram diagnosticados muitos mais problemas do que nos 15 anos de Taniguchi /Richa/Ducci, principalmente no que se refere ao transporte público. E Fruet ainda tem mais de três anos para tentar colocar novamente a cidade nos eixos.
Apesar da verdade dos fatos, existe uma grande nuvem cinza de descontentamento pairando sob os céus de Curitiba, uma nuvem de descontentamento talvez até maior que aquela que marcou os últimos meses da gestão Ducci.
Esse descontentamento deve-se muito mais pela forma com que se desenrolou a última campanha eleitoral do que pelas ações a passo de tartaruga do nosso prefeito da vez.
Os atores políticos da cidade de todos os escalões, desde o cabo eleitoral, comentarista de boteco, passando pelos “líderes” comunitários, radialistas e “formadores de opinião” estavam confortavelmente acostumados com as políticas do toma-lá-dá-cá, da troca de favores, do apoio político/eleitoral a troco de cargos em comissão e favorecimentos. Fruet, não sei se por convicção ou necessidade, deu uma freada nesse costume vergonhoso e muito comum nas administrações de seus antecessores.
Assim, o chororô dos derrotados nas urnas em 2012 é engrossado pelo coro dos excluídos das tetas municipais e todo santo dia, nós, meros absorvedores da informação, somos bombardeados por críticas ao executivo municipal, cada vez mais absurdas. Tantas críticas infundadas que elas perdem seu efeito, passando despercebidas pelas páginas e redes da vida.
Agora, a bola da vez é o cancelamento da Galeria de Luz no natal curitibano. Essa Galeria de Luz é nada mais que aquela milionária decoração natalina num trecho do calçadão da Rua XV, que as vezes vinha acompanhada de alguma apresentação teatral de gosto duvidoso e que encarecia ainda mais os “enfeitamentos” natalinos da cidade.
A justificativa da prefeitura para o cancelamento é muito mais do que coerente:
A tal “decoração” não está prevista no orçamento municipal e a cidade não pode gastar aquilo que não está previsto no orçamento e, não custa lembrar, quem determinou o orçamento deste ano, foram o prefeito e vereadores em exercício no ano passado.
Além disso, em 2011 quem financiou a farra foi a COPEL, através da Lei Rouanet. Em 2012 foi o governo estadual quem torrou R$ 3 milhões com a brincadeira e agora, com os cofres do estado vazios e sem um aliado no comando da prefeitura, o governador disse não aos gastos supérfluos do estado e cancelou a festa dos cidadãos da capital paranaense.
Mas, como eu já escrevi lá no inicio do texto,
O curitiboca é, antes de tudo, um bosta.
Independente das explicações e justificativas, uma horda de curitibocas descontentes, tentam encher nossa cabeça com abobrinhas, completamente indignados porque a cidade terá umas luzezinhas a menos nas decorações natalinas deste ano. Aqui: https://www.facebook.com/events/622955667745575/?ref=3&ref_newsfeed_story_type=regular
Ora. Façam-me um favor. Vão chupar um caminhão de parafusos até virar um caminhão de prego. A cidade de Curitiba tem problemas muito mais urgentes do que uma simples decoração natalina só para inglês ver.
Lembrem-se da multidão de mais de quatro mil sem-teto na cidade, enquanto a capacidade da FAS não tem condições de atender nem 10% disso. Lembrem-se do caos no transporte público, na saúde. Estes R$ 3 milhões serão muito melhores investidos nestas áreas, não é?
E no mais.
Os shoppings da capital investiram muito mais que R$ 3 milhões nas decorações de suas pracinhas. Quer ver reninha, arvorezinha, nevezinha e luzinha vai no shopping, porra!
Passa na praça de alimentação, pega teu big-mac com fritas e coca-cola, vai amenizar teu recalque sentado no colo do Papai-Noel e pare de encher o saco.
Saco!
Polaco Doido