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Polaco Doido

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Mais um show de horrores no circo comandado pelo Pastor Marco Feliciano

22 de Novembro de 2013, 13:44, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Alguns deputados da bancada evangélica e do PSC (Partido Social Cristão), antes de abrir a boca ou sugerir novos projetos de lei, deveriam voltar para escola, estudar um pouco dos conceitos da democracia e também, dos regulamentos que regem a legislação e a participação popular dentro do processo democrático.

Talvez fosse uma boa idéia se as casas legislativas fornecessem cursos de formação política para todos os representantes eleitos. Quem sabe assim, não veríamos tantos absurdos propostos por estes nobres deputados.

Na última quarta feira, dia 20, aproveitando-se do feriado em vários municípios do país, deputados liderados pelo Pastor neo-pentecostal, Marco Feliciano (PSC-SP) líder da CDHM da Câmara, nos presentearam com mais um festival de aberrações legislativas.

Não sei se por pura ignorância dos processos, por simples cegueira comum aos extremistas religiosos ou se foi mesmo só para aparecer, só para ver seus nomes impressos nas folhas dos jornais e nos blogs espalhados por aí.

Vai vendo:

O deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ) recebeu o apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias no Projeto de Decreto Legislativo 871/13, de sua autoria, que pretende anular a Resolução 175/13 do CNJ que obriga os cartórios a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Os nobres deputados evangélicos, também colocaram para discussão em plenário o Projeto de Lei 6297/05 do ex-deputado Maurício Rands (PE) e aos cuidados do deputado Pastor Eurico (PSB-PE). O projeto pretende extirpar os direitos previdenciários de parceiros homossexuais que gozem de união estável.

Para encerrar seu show de horrores da última quarta feira, a comissão deu seu parecer favorável ao Projeto de Decreto Legislativo 232/11 de autoria do paranaense André Zacharow (PMDB), que propõe uma consulta popular, um plebiscito para saber se a população brasileira é contra ou a favor a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Evidente também que todas estas propostas não passam de pirotecnia. É improvável que elas avancem para além da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e, caso isso aconteça, todas serão barradas pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Ao fim e ao cabo, a reunião da ultima quarta na CDHM, serviu apenas para torrar inutilmente o tempo e o dinheiro público e também para torrar nosso saco com estas idéias absurdas que tentam cercear os direitos já adquiridos por toda a comunidade LGBT.

A bancada evangélica e em especial o PSC, vêm fazendo nesta legislatura uma verdadeira cruzada anti-gay e, não fossem os outros parlamentares, juízes e a própria legislação estabelecida, é bem provável que nem teríamos mais uma comunidade gay no território nacional. Estariam todos eles ou escondidos dentro de seus armários, ou reclusos em campos de concentração ou, quem sabe, apodrecendo nas câmaras de gás.

Isso é o exemplo do amor cristão?

Daí, toda vez que converso com algum amigo evangélico, sempre aparece o assunto de que a comunidade evangélica é perseguida pelo estado e pelos não crentes.

Onde? Onde no Brasil os evangélicos sofrem qualquer tipo de perseguição ou cerceamento de direitos adquiridos?

Fazem-se de vítimas para com isso ganhar mais musculatura para atacar seus inimigos declarados, a comunidade LGBT.

Ora, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deveria pelo menos em tese, tratar de assuntos referentes aos direitos humanos e das causas das minorias sem representatividade na Câmara. Porém, desde que Feliciano assumiu o comando da pasta, tudo o que fazem é procurar maneiras de atacar e restringir os poucos direitos já conquistados pela comunidade LGBT.

Veja, por exemplo, a proposta de se fazer um plebiscito a respeito do casamento gay.

Na justificativa para o projeto, seu autor, André Zacharow escreveu:

“A consulta popular é a única forma de acalmar os ânimos. Todos deverão se curvar a vontade nacional a ser expressa no resultado do plebiscito”

Zacharow não é burro, mas deve ter faltado ou levado pau nas aulas de democracia representativa e cidadania.

Democracia representativa não é sinônimo de “Ditadura da Maioria”. Nela, todos os mais diversos segmentos da sociedade são representados por seus representantes eleitos e estes representantes, através da arte política da negociação, tentam entrar em acordo para que todos os conflitos e necessidades sejam resolvidos de forma harmoniosa e pacífica.

Tudo bem que existem conflitos constitucionais no que se refere a união civil de pessoas do mesmo sexo, mas o caminho para resolver estes conflitos é jurídico e constitucional, quem pode alterar as leis e a constituição são o parlamentares. Por que não param de mi-mi-mi anti-gay e frescura e executam o trabalho para o qual foram eleitos?

Pois bem. Estatisticamente, cerca de 15 a 18% da população é homossexual. Ao se propor este tipo de plebiscito, o deputado Zacharow está sugerindo que os outros 85 ou 82% da população decida os destinos de uma minoria de Brasileiros. Isso, no meu dicionário, não é democrático. Pelo contrário, é ditatorial. Nem precisaria de plebiscito, aprova logo a lei e pronto, quase ninguém vai chiar!

Mas vamos fazer uma analogia:

Suponhamos que este Polaco Doido que aqui escreve, por uma brincadeira do destino, de repente tornou-se Deputado Federal.

De posse de seu mandato, o Polaco Doido para alegrar seu eleitorado e conquistar novos fãs, resolve fazer um plebiscito perguntando aos eleitores se eles desejam ter seis meses de férias remuneradas anuais mais a triplicação de seus salários.

Imagine. Seis meses de férias por ano mais a triplicação dos salários. Que maravilha!

A grande maioria da população é assalariada e esta proposta seria aprovada por mais de 80% do eleitorado.

Mas e depois. Quem iria produzir para sustentar os salários e as férias de seis meses da mão de obra assalariada brasileira? Nenhum empregador suportaria esta pressão, todos iriam a bancarrota e o país viraria um caos.

Por mais absurdo que pareça, é exatamente isso que o plebiscito pretende fazer. Ou seja, uma maioria decidindo assuntos do interesse de uma minoria quase indefesa.

Não dá, não é?

Sem pretender ofender a ninguém, ouso dizer que a bancada evangélica é o que existe de mais inútil no congresso nacional. Só apresentam propostas irrelevantes ou que dizem respeito somente as facilidades e benesses para suas igrejas e pastores extremistas.

A população evangélica no Brasil cresce mais a cada dia e, em breve, a bancada evangélica será ampla maioria na Câmara e no Senado. Muito antes disso, é bem provável que tenhamos nosso primeiro Presidente da República representante das igrejas neo-pentecostais.

O mínimo que os líderes evangélicos tinham que fazer, era colocar seus pastores e fieis pretendentes a cargos eletivos em cursos de formação política e cidadania. Se não, quando os evangélicos finalmente atingirem seu objetivo de comandar esta nação, vão por tudo a perder. Nos tornaremos uma nação extremista e intolerante nos mesmos moldes das mais extremistas e intolerantes ditaduras do oriente médio e isso não seria bom para ninguém, nem mesmo para a própria comunidade neo-pentecostal.

Tolerância e bom senso não fazem mal a ninguém.

Polaco Doido



João Arruda explica o Marco Civil da Internet

21 de Novembro de 2013, 16:07, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Molon explica o que é Marco Civil da Internet com Neutralidade da rede e Liberdade de Expressão

21 de Novembro de 2013, 15:55, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Fracking? Aqui não!!!

21 de Novembro de 2013, 13:41, por Desconhecido - 1Um comentário

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) agendou para próxima quinta, dia 28, o leilão de bacias de gás natural com 170 Km2, em território paranaense. A Copel e a Tradener confirmaram a participação nesse leilão.

Até aí tudo bem. O Brasil e o Paraná precisam de novas fontes energéticas para manter e elevar as taxas de crescimento e, apesar de eu não concordar, os leilões das reservas são o método utilizado para estas explorações, desde a década de 1990.

O mais grave problema é o método que será empregado para a extração deste gás.

A região a ser explorada compreende o polígono formado pelos municípios de Pitanga, Paranavaí, Toledo e Cascavel. São reservas residuais onde o gás pode até nem existir (não há nenhum estudo conclusivo) e cujo período de exploração é bastante curto.

Para extrair o combustível destas reservas as empresas vencedoras do leilão irão testar o método “Fracking” ou Fraturamento Hidraulico. Um novo método de exploração e que ainda não possui nenhum tipo de legislação que regulamente seu emprego.

Este “fracking”, numa leitura bastante leiga, funciona mais ou menos assim:

  • Fazem uma perfuração vertical até ultrapassar o lençol freático e atingir o terreno argiloso onde pequenas concentrações de óleo e gás estão presas em pequenas fissuras;
  • A partir daí, fazem longas perfurações horizontais na camada  argilosa;
  • Nestas perfurações horizontais são introduzidas e detonadas cargas explosivas;
  • Por fim, um coquetel com água, areia e outros 650 produtos químicos, inclusive radioativos, é injetado sob alta pressão (5000 atmosferas),;
  • Isto causa a ruptura das fissuras na rocha e a liberação dos hidrocarbonetos ali depositados.

O problema é que esta técnica é altamente prejudicial ao meio ambiente. As explosões e consequente liberação dos gases depositados e dos produtos químicos injetados, causam a contaminação do lençol freático, do solo e também pequenos tremores de terra na região afetada.

Ora, a região formada pelo polígono Pitanga, Paranavaí, Toledo e Cascavel é das mais ricas do estado na agricultura, avicultura e suinocultura. Os potenciais prejuízos deste tipo de exploração são da ordem de bilhões de reais e seus efeitos serão sentidos por mais de uma centena de anos.

Ainda, corre-se o sério risco de inviabilizar completamente toda a exploração do aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce de todo o mundo!

O estado do Paraná deixará de ser o maior produtor agrícola do Brasil por conta de uma falha vergonhosa nos estudos de impactos da ANS e da sanha de lucros rápido das empresas privadas que comercializam energia (Tradener).

A produção de gás gerada desta exploração servirá para alimentar usinas termoelétricas para produção de energia, ou seja, mais poluição, agora do ar.

Por se tratar de reservas pobres, esta produção de energia terá um tempo de vida útil muito curto.

Será que vale a pena todo este estrago ambiental em troca de um pequeno punhado de energia e do enriquecimento de empresas privadas com ligações intestinas ao governo do estado e a cúpula da ANP?

Esse tipo de exploração é tão prejudicial ao meio ambiente que em países da Europa, como a França, foi proibida por lei.

Na outra ponta do espectro, esta tecnologia causou danos irreparáveis ao ambiente em países como os Estados Unidos e nossa vizinha Argentina.

Confira nos vídeos.

Além disso, está muito claro que existe um “esquema” por trás deste leilão.

O leilão está marcado para a próxima quinta feira dia 28 de novembro. A primeira audiência pública para regulamentar este tipo de exploração está marcada para hoje 21/11 e nenhuma legislação a respeito entrará em vigor antes dos próximos dois ou três anos. Até lá, muito do potencial econômico e produtivo do estado além das reservas do aquífero Guarani já poderão estar perdidas para sempre.

O assunto é muito sério e bastante delicado. Algo precisa ser feito com a máxima urgência.

Mais informações:

Polaco Doido



Finalmente acabou a novela “Mesalão do PT”?

18 de Novembro de 2013, 15:33, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Até que se prove o contrário, o Brasil ainda é um estado democrático de direito e, num estado democrático de direito, as decisões da mais alta corte federal devem sim, ser obedecidas.

Os condenados devem cumprir suas penas e ponto final.

Se houve falhas no processo, se os ministros do TSE foram omissos ou tendenciosos em suas deliberações já são outros quinhentos. Aos condenados evolvidos resta apenas recorrer aos tribunais internacionais. Como fez Henrique Pizzolato que, aproveitando-se de sua dupla cidadania, exilou-se na Itália de onde espera receber uma revisão de seu caso.

Eu aqui não entendo patavinas de juridiquês, mas amparado somente pela minha completa ignorância, ouso dizer que não foi um julgamento justo.

A começar pela tese principal, o Mensalão.

Mesalão, uma das novas palavras da língua portuguesa, é o termo que se emprega quando um agente qualquer paga uma mesada a algum parlamentar para que este vote e apresente projetos conforme as vontades deste seu patrocinador.

Ora, mas durante o primeiro mandato de Lula no governo federal, os governistas possuíam a maioria no parlamento e, em teoria, não precisariam pagar mesadas aos parlamentares da base aliada para terem seus projetos aprovados, não é?

No material disponível a respeito do escândalo o que se tem são relatos de pagamento de propinas para agentes públicos e desvio de verbas (não necessariamente públicas) para pagamento de marqueteiros ou caixa de campanha. Ou seja, tratam-se de caixa 2 de campanha, não se caracteriza um mensalão.

Claro, existem suspeitas do pagamento de mesadas. Saques milionários às vésperas de votações importantes no congresso, realizados no Banco Rural e Banco do Brasil, nas contas de empresas ligadas ao empresário Marcos Valério. Dinheiro este que seria oriundo de verbas publicitárias legais da empresa Visanet (hoje Cielo, a dona das maquininhas onde a gente passa o cartão para pagar a conta do boteco ou o Engove na farmácia).

O Conaf contabilizou no ano de 2003, 10 saques no Banco Rural com valor total de R$ 27milhões em datas coincidentes com importantes votações na câmara e no senado.

Porém, muito mais suspeitas são as datas em que o escândalo e seus desdobramentos receberam uma maior atenção por parte da imprensa.

Muitos boatos sobre a “compra” de apoios dos parlamentares sem nenhuma comprovação concreta destes casos.

Nem é preciso estar muito atento aos acontecimentos políticos tupiniquins para tomar consciência de que a revista Veja deixou de ser um veículo de comunicação e passou a ser apenas um panfleto político de oposição desde a posse de Lula na presidência da república, em janeiro de 2003.

Pois bem:

Em 2004 a revista Veja acusa o governo federal de ter “comprado” o apoio e adesão dos deputados do PTB por R$ 10 milhões. O não cumprimento deste “acordo” causou a saída do PTB da base governista e então começaram a aparecer as denúncias de corrupção.

Primeiro em 2005, pouco antes de se iniciar a campanha eleitoral que elegeria Lula para seu 2º mandato, a revista Veja divulga um vídeo com o flagrante de um funcionário dos correios recebendo propina (R$ 3 mil) para facilitar um processo licitatório. Roberto Jeferson, então presidente do PTB, torna-se protagonista e principal delator de todo esquema.

Durante a campanha eleitoral de 2006 os candidatos da oposição se pautaram nestas denúncias da revista Veja em sua frustrada tentativa de recuperar o poder federal.

Em 2010, a Livraria da Folha, do mesmo grupo do Jornal Folha de São Paulo e também claramente de oposição aos governos Lula e depois Dilma, lançou o livro, O Chefe. Uma compilação das denúncias publicadas na imprensa sobre os escândalos e que tentava responsabilizar o então presidente por todos os desdobramentos do escândalo.

Mais uma vez a oposição utilizou-se deste material e mais uma vez viram frustradas suas pretensões de recuperar a presidência da República. Lula, o suposto chefe, obteve sucesso em eleger sua sucessora.

Em 2012, sei lá por que cargas d’água, os ministros do STF resolveram deliberar e julgar o escândalo, AP-470, exatamente no mesmo período das campanhas eleitorais para as eleições municipais daquele ano.

A grande imprensa oposicionista (Veja, FSP e Organizações Globo) fizeram do julgamento um festival pirotécnico de cobertura midiática, elevaram alguns ministros do STF ao cargo de heróis justiceiros e até a potenciais presidenciáveis.

Lógico que com o apoio da ampla cobertura da grande mídia, mais uma vez o escândalo foi utilizado como material panfletário para os candidatos da oposição. Esta oposição até obteve êxito em alguns municípios, mas em São Paulo, a maior cidade do país, não obteve sucesso.

A estratégia de se utilizar do “escândalo mensalão” como foco de campanhas eleitoreiras, apesar do forte apoio da grande imprensa oposicionista, sucessivamente vem se mostrando infrutífera. No máximo serve apenas para alimentar o ódio patológico e a paranóia anti-esquerda que se alastra por estas terras de palmeiras e sabiás.

Muitos brasileiros pensantes, cegados pelo ódio e paranóia, não se dão conta que existe algo muito estranho por trás de todo o escândalo.

É muito estranha toda esta celeridade da justiça no caso do mensalão do PT juntamente com a ampla cobertura da imprensa, enquanto casos muito mais prejudiciais ao país, como foi a compra de deputados para a aprovação da emenda da reeleição dos tempos de FHC é convenientemente esquecida tanto pela imprensa, quanto pela justiça.

Claro, vivemos em um estado democrático de direito e os condenados devem cumprir suas penas, mas não parece que houve uma desproporcionalidade nas penas aplicadas?

6, 8, 10 anos de detenção, alguns em regime fechado não é demais para alguns enquanto outros continuam livres pacientemente aguardando a prescrição dos crimes pelos quais são acusados?

Cássio Taniguchi, secretário do governo Richa, também foi processado por crimes de corrupção quando era prefeito de Curitiba (1997). Porém, o STF convenientemente, aguardou a prescrição dos crimes para só depois aplicar a sentença e Taniguchi, para todos os efeitos, continua ficha limpa.

Vivemos sob um regime de estado democrático de direito onde, teoricamente, todos seriam iguais perante a lei.

Infelizmente, para a justiça brasileira alguns são mais iguais que outros.

Para os pobres, pretos, putas e petistas valem os maiores rigores da lei. Para os outros, processos nas gavetas até que se mudem as leis ou que seus crimes sejam convenientemente esquecidos.

Faz parte, nossa justiça funciona assim desde os tempos imperiais.

Pelo menos, em 2014 a campanha eleitoral não será pautada pelo mensalão do PT. Menos mal, esse assunto já encheu. Vamos ver se desta vez colocam em discussão assuntos importantes de interesse nacional. Esse negócio de ficar trocando acusações não colabora em nada com o processo democrático.

Polaco Doido