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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Paulo Guedes, ministro da economia de Bolsonaro, já coloca preço para vender Caixa e BB

11 de Outubro de 2018, 13:06, por Terra Sem Males

Em entrevista na Globo News, Paulo Guedes fala que ninguém deve ser convencido, que com liberais no poder é só aprovar o plano de privatização

Já anunciado ministro da economia do que seria o governo de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes declarou, em entrevista à Globo News, que contratou um estudo para saber o “valor de mercado” das estatais, anunciando a venda do Banco do Brasil e da Caixa.

O BB, por exemplo, seria privatizado por R$ 83,5 bilhões, e mais R$ 50,2 bilhões da fatia do BB Seguridade, que também é uma estatal. Para ele, o Congresso aprovaria a privatização de todas as estatais, além dos bancos públicos, do que resta da Petrobrás, a Eletrobrás e a BR Distribuidora, entre outras.

Valores de mercado para privatização de estatais foram mostrados durante entrevista à Globo News (Reprodução)

“Nós não somos prisioneiros da Caixa”, disse aos jornalistas. Para ele, não existe a necessidade de convencer a população sobre a privatização de estatais, basta uma aliança de centro e de direita, que ele chama de liberais democratas. Os trabalhadores dessas empresas sequer são mencionados. “Não tem que convencer. Se os liberais democratas estiverem no governo, é aprovar um plano de privatização”.

Durante o discurso pós-resultado eleitoral do primeiro turno, o próprio candidato Jair Bolsonaro afirmou que das 150 estatais do país “no mínimo 50 ou nós privatizamos ou extinguimos simplesmente, já no primeiro ano”, para “diminuir o tamanho do estado” e que iria definir “quais estatais são estratégicas”.

Para Daniele Bittencourt, Assistente A de Unidade Negocial no BB, os bancários precisam ficar atentos aos posicionamentos dos candidatos. “Eles são bem evidentes. Bolsonaro deixa claro que fará o que Paulo Guedes indicar. E por mais que os bancários do BB não acreditem no risco de privatização, ela está prevista no plano de governo, existe o estudo com valores de venda e Guedes reafirmou em entrevista à TV”, afirma.

“A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro e nossa preocupação vai muito além das dificuldades que os funcionários enfrentarão com essa situação. A Caixa tem responsabilidade com o país, com políticas sociais, com o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, o FGTS, o PIS.  Por isso, esse posicionamento de Paulo Guedes nos preocupa muito”, posiciona-se Zelário Bremm, bancário da Caixa.

A entrevista foi ao ar no dia 23 de agosto.

Se, por um lado, um dos planos de governo apresenta a pauta de privatização dos bancos públicos e demais estatais, o outro candidato, Fernando Haddad, assinou documento se comprometendo com apoio e fortalecimento das empresas públicas, um termo de compromisso apresentado pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas. A manutenção dos bancos públicos também está prevista em seu plano de governo, em que BB, Caixa e BNDES vão continuar sendo “mecanismos de financiamento ao desenvolvimento nacional”.

Por Paula Zarth Padilha
Foto: Fernando Frazão / Agencia Brasil

Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná



“Meu ministro da Fazenda não vai ser banqueiro”, diz Haddad a rádio Jornal de Caruaru

11 de Outubro de 2018, 9:58, por Terra Sem Males
Candidato falou sobre seus planos para o governo e reforçou reforçou o compromisso com um segundo turno baseado em propostas, e não em ódio

O compromisso com um governo popular, com o combate à corrupção, e com um segundo turno de debate de propostas, e não de ódio, foi reforçado por Fernando Haddad na manhã desta quarta (10), em entrevista à rádio Jornal de Caruaru.

Além de aproveitar a oportunidade para agradecer os nordestinos pelo apoio e pela ida ao segundo turno, Haddad falou especialmente sobre a grande oportunidade de, neste momento, comparar os dois projetos para o país.

Ele comparou suas propostas com a de Jair Bolsonaro. Haddad quer retomar a era de ouro do Brasil em vez de, como seu adversário, cortar direitos, congelar investimentos públicos e cobrar imposto dos que ganham menos.

“O Bolsa Família não é o único programa social que levamos para o Nordeste. Sabe quantos ônibus escolares nós compramos no Ministério da Educação? Eu criei um programa que comprou 30 mil ônibus escolares porque as crianças eram transportadas em pau de arara. Isso não é esmola. Tudo é direito: computadores nas escolas, Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, crédito, terra… É assim que nós trabalhamos.”

“Matar a fome do povo é direito constitucional. Garantir que frequente a escola é direito. É obrigação do Estado matar a fome do povo. Levar água para as pessoas é direito. Será que cisterna, transposição do rio São Francisco, universidade pública em Caruaru, em Garanhuns, em Petrolina, é esmola? Pra mim, tudo isso é direito”, afirmou.

O candidato do PT anunciou que seu ministério será formado por pessoas comprometidas com o povo, que respeitem os nordestinos, as mulheres, a diversidade racial, os direitos sociais e trabalhistas, que respeite a ciência, a cultura e a educação. “Por isso o meu ministro da Fazenda não vai ser banqueiro, que é o mesmo que botar a raposa pra cuidar do galinheiro.”

Haddad lembrou que os governos petistas criaram 20 milhões de postos de trabalhos. “Nós sabemos gerar empregos”. Para isso, Haddad vai promover uma reforma bancária, uma reforma tributária e a retomada de obras fundamentais para o Nordeste e o Brasil, como a transposição do São Francisco e a Transnordestina, que estão paradas.

“Os juros vão baixar e os banqueiros vão parar de espoliar o povo. Meu ministro da Fazenda vai fazer uma reforma tributária que zere o imposto do pobre e cobre dos ricos que não pagam. Então, ao contrário do Paulo Guedes, do Bolsonaro, meu ministro da Fazenda não vai ser banqueiro.”

Haddad falou ainda sobre seu plano de governo para a segurança pública. “Nós vamos colocar a Polícia Federal, pela primeira vez, para atuar contra o crime organizado. O crime organizado não está sendo preso no Brasil por falta de eficiência do Estado. O Estado tem que punir o grandes criminosos. Todo criminoso tem que ir para a cadeia, mas a Polícia Federal tem que atuar para prender o grande criminoso.”

Lula merece julgamento justo e será solto pela Justiça
Perguntado sobre o que pretende fazer para combater a corrupção em seu governo, Haddad reafirmou sua intenção de fortalecer ainda mais a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

“No nosso governo, foram mais de 2 mil operações. Com todos os integrantes de qualquer partido político que teve que ser investigado, condenado ou absolvido, a polícia atuou de maneira eficaz. Ou seja, atuamos no sistema inteiro. Não permitimos que ninguém deixasse de ser investigado”, disse ele, reiterando que em seu governo não colocará “a sujeira para debaixo do tapete” e continuará com todas as investigações “em busca da verdade”. “Isso que nos interessa.”

Sobre se pretende soltar o ex-presidente Lula, Haddad foi enfático: “Quem vai soltar o Lula é a Justiça, quando ele tiver seu recurso julgado. Todo mundo tem direito a recurso, a uma apelação. E ele não foi julgado em definitivo”.

O candidato sugeriu que os jornalistas leiam o processo e indiquem onde está a prova contra Lula. “Eu não identifiquei nenhuma prova contra o ex-presidente Lula, inclusive, isso foi reconhecido por centenas de juristas do Brasil e do exterior”, disse ele, lembrando que o melhor presidente que Nordeste já teve merece ter julgamento justo.

“Eu fui seu ministro de educação e inaugurei universidades em 126 cidades brasileiras, inclusive uma aí em Caruaru. Inaugurei escolas técnicas em 214 cidades. Eu troquei o pau-de-arara por ônibus escolar digno para as crianças nordestinas. Eu não vou deixar de reconhecer que ele merece um julgamento justo.”

Do Lula.com.br
Foto: Ricardo Stuckert



Discursos de ódio de Bolsonaro influenciam ações de violência

11 de Outubro de 2018, 9:54, por Terra Sem Males
Dezenas de casos de agressão e violência tem sido cometidos por apoiadores do candidato Jair Bolsonaro, famoso por seus discursos de ódio

O Brasil tem assistido, nos últimos dias, diversas ações de violência praticadas por apoiadores de Jair Bolsonaro e respaldadas pelos discursos de ódio propagados pelo candidato, um político que considera razoável disseminar falas que ataquem diferentes grupos sociais, desde seus opositores até as minorias.

Um levantamento inédito realizado pela Agência Pública em parceria com a Open Knowledge Brasil revela que houve pelo menos 70 ataques nos últimos 10 dias no país.

O fato é que ao espalhar esses discursos, ele acaba por legitimar as ações de seus seguidores. É o que diz o professor de Gestão de Políticas Públicas, Pablo Ortellado. “As declarações feitas por ele durante sua longa pré-campanha foram bem graves, e tem um setor extremista que se sente respaldado por essas declarações, e eles se sentem autorizados a externar esse tipo de comportamento altamente intolerante”.

Um dos exemplos de discurso violento feito pelo candidato aconteceu durante um de seus comícios, no Acre. “Vamos metralhar a petralhada”, disse Bolsonaro, enquanto utilizava um tripé de câmera para simular uma arma.

Semanas depois, em Salvador, o mestre capoeirista Moa do Katendê foi morto a facadas por um seguidor do candidato que confirmou o motivo político do crime.

Neste sábado (6), um jovem foi espancado em Teresina (PI) por estar vestindo uma camisa vermelha. Os homens que o agrediram vestiam blusas com o rosto e nome de Bolsonaro.

Segundo Pablo, as declarações feitas pelo candidato são gravíssimas, além de preocupantes, mas ele insiste em não admitir influência sobre as ações violentas de seus seguidores. “Ele tem enfatizado que são pessoas que agem por iniciativa pessoal, e me parece que qualquer candidato que tem seus eleitores agindo de forma violenta assim precisa ter uma posição firme e não discursos protocolares, e o que me preocupa é o aumento da intolerância política diante desse cenário”, diz o professor.

Outra afirmação agressiva de Bolsonaro foi de que nordestinos deveriam comer mato: “Eleitores do Lula como acabou a mortadela, sobrou o capim pra vocês”.

No dia 6, uma mulher de 53 anos foi agredida durante uma carreata do PT em Maringá. Testemunhas contam que o agressor chegou pilotando uma moto com adesivo de campanha do candidato do PSL.

“O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele”,  foi a declaração feita por Bolsonaro sobre homossexuais em um debate na TV Câmara, em 2010. Em 2002, em comentário após  Fernando Henrique Cardoso segurar uma bandeira LBTG+, Bolsonaro disse: “não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater”.

No dia 3 de outubro, um cabeleireiro gay de 57 anos foi encontrado morto em seu apartamento em Curitiba, o suspeito voltou ao local do crime e gritou ‘Viva Bolsonaro’.

Outro exemplo de discurso de ódio feito pelo candidato aconteceu na Câmara após um protesto contra ele. “Minoria tem que se calar, se curvar a maioria”.

Nesta segunda-feira (8), a irmã de Marielle Franco – vereadora assassinada no RJ em março – estava com sua filha de dois anos no colo quando foi agredida por homens vestindo camisetas em apoio ao candidato.

Uma médica de um hospital público de Natal rasgou a receita que havia dado a um paciente idoso de 72 anos, após ele dizer que havia votado em Fernando Haddad.

O candidato também disse que “mulher deve ganhar salário menor porque engravida. Quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”, durante entrevista ao jornal Zero Hora.

Em Porto Alegre, uma jovem de 19 anos foi agredida e marcada com uma suástica feita com um canivete por apoiadores de Bolsonaro. Ela conta que estava usando uma camiseta contra o candidato, quando três homens a abordaram.

Uma funcionária da campanha de Guilherme Boulos foi ameaçada com arma de fogo por um simpatizante do candidato do PSL.

“Não te estupro porque você não merece”, a afirmação foi feita por Bolsonaro para a deputada federal, Maria do Rosário.

Jornalista no Recife  foi atacada e ameaçada de estupro no último dia 7 por dois homens que a chamaram de comunista e esquerdista, um deles vestia a camisa de Jair Bolsonaro, segundo a vítima. Ela teve hematomas no rosto e cortes nos braços.

Outra fala violenta de Bolsonaro foi contra o MST e o MTST. “A propriedade privada é sagrada. Temos que tipificar como terroristas as ações desses marginais. Invadiu? É chumbo!”.

Um estudante da UFPR que usava um boné do MST foi espancado na noite desta terça-feira (9) por um grupo da torcida da Império, do Coritiba, aos gritos de “Aqui é Bolsonaro”.

“Isso acabará com os milhões de dinheiro público financiando ‘famosos’ sob falso argumento de incentivo”“Foi um movimento de artistas que mamam na Lei Rouanet”, são declarações feitas por Bolsonaro como crítica a lei Rouanet.

Um professor do ensino médio foi ameaçado de morte por apoiadores de Bolsonaro, após ter citado a lei Rouanet em uma aula sobre história do cinema.

“O erro da ditadura foi torturar e não matar”, afirmação feita no programa Pânico, da Band. “Sou capitão do Exército, minha missão é matar”, disse durante palestra em Porto Alegre. “Pinochet devia ter matado mais gente”, alegou em entrevista à revista Veja.

Eleitores de Jair Bolsonaro levaram armas de fogo para as cabines de votação. Eles fotografaram e gravaram vídeos com os revólveres.

Durante um almoço em um restaurante tradicional de Curitiba, o candidato também disse que “da próxima vez quero ver 200 pessoas armadas aqui dentro”.

Um cachorro foi atingido por arma de fogo durante carreata em apoio ao candidato, em Muniz Ferreira, na Bahia. O animal morreu no local.

Da Redação da Agência PT de Notícias
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil



Haddad em SP: Minha origem é a democracia, não o autoritarismo

11 de Outubro de 2018, 9:48, por Terra Sem Males
Candidato a presidente se reuniu na tarde desta terça-feira (9) com governadores reeleitos pelo no Nordeste, que reiteraram apoio ao petista

O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, se reuniu na tarde desta terça-feira (9/10) em São Paulo, com os governadores reeleitos pelo PT no Nordeste, que reiteraram seu apoio ao candidato de Lula: Wellington Dias, do Piauí, Camilo Santana, do Ceará, Rui Costa, da Bahia, e Flávio Dino, do Maranhão.

Em entrevista coletiva após o encontro, o candidato comentou a linha de campanha do adversário, o candidato à presidência pelo PSL, de refutar um possível código de conduta nas redes. “Nós vamos manter a linha propositiva nos debates. Nossa única arma será o argumento.”

Haddad afirmou ainda que sua origem é diferente de Bolsonaro. “Nossa origem é completamente diferente. A minha origem é a democracia, não o autoritarismo”, declarou.

Sobre a intensa divulgação de notícias falsas pelo Whatsapp, Haddad afirmou que a campanha continuará atuando junto à Justiça para retirá-las do ar. “Nós tiramos de circulação 35 noticias falsas com a determinação da justiça. É isso que nós temos que combater, inclusive com a imprensa, para não fraudar a vontade popular”, disse.

O candidato falou, ainda, sobre as alterações no plano de governo em diálogo com os partidos que passarão a apoiá-lo, como o PDT, de Ciro Gomes. “Eu sou uma pessoa de diálogo, porque sou professor. Nós ontem anunciamos uma reformulação do nosso programa de governo e estamos aqui anunciando que vamos aprimorar nosso programa”, afirmou.

Por lula.com.br



Vice de Bolsonaro defende fim da estabilidade no serviço público

11 de Outubro de 2018, 9:45, por Terra Sem Males
Segundo Hamilton Mourão, a pessoa, depois que passa no concurso, “não precisa mais se preocupar”

O vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Antônio Hamilton Mourão, defendeu, na última quarta-feira de setembro (26/09), o fim da estabilidade no serviço público. A declaração foi dada em um evento no Rio Grande do Sul, na Associação Rural do município de Bagé.

Mourão questionou: “por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego?”. Segundo ele, a pessoa, depois que passa no concurso, “não precisa mais se preocupar”.

Realmente, deve ser a oitava maravilha do mundo para qualquer pessoa não ter mais preocupações na vida, né? Mas a vida de todos os brasileiros e brasileiras, servidores públicos ou da iniciativa privada, sempre foi uma luta. Mourão e Bolsonaro, cada vez mais, mostram que não sabem o que fazer para melhorar a vida dessas pessoas, tenham elas estabilidade no serviço ou um emprego no setor privado.

Não custa lembrar, mas, nos últimos dias, Mourão também afirmou que vai acabar com o décimo terceiro salário e que vai rever as políticas do Bolsa Família.

A declaração de Mourão não deixa de ser curiosa, se notarmos que ele é general da reserva, um militar em situação de estabilidade, que contou com esse benefício a partir dos dez anos de tempo de efetivo serviço.

Não é esse tipo de declaração que nós queremos para o Brasil. Pelo contrário, queremos gente que se preocupe com todos os brasileiros e brasileiras, e não políticos que ataquem os direitos dos mais variados grupos, com base no ódio e no preconceito, a fim de ganhar a simpatia de um ou outro segmento.

Jogo combinado?
Aliás, o leitor já reparou como a dupla Mourão-Bolsonaro vem atuando? Um fala, o outro desmente. Você não acha que tem alguma coisa por trás dessa forma de agir? Afinal, se eles discordam um do outro, por que fazem parte da mesma chapa? Por que um escolheu o outro para vice?

Será que não estão fazendo de propósito para se manter em destaque na mídia de forma espontânea e para garantir que falem sobre eles, bem ou mal, mal ou bem, mas falem sempre?

Voltando à palestra em Bagé, Mourão aproveitou a ocasião para criticar o “ambientalismo xiita” e a “hegemonia do politicamente correto”. O general mostrou uma das ideias brilhantes que a equipe dele e de Bolsonaro pretendem adotar se chegarem ao Palácio do Planalto: acabar com as campanhas de vacinação: “Por que preciso gastar dinheiro com uma campanha de vacinação? Todo mundo tem celular, basta mandar uma mensagem: ‘vacine seu filho hoje’”. Dá para acreditar?

Para coroar de forma especial sua incursão ao município, um Landau 1972 aguardava Mourão do lado de fora do evento que nos brindou com todas essas pérolas. O automóvel pertenceu a Emilio Garrastazu Médici, o presidente militar (1969-1974) responsável pela fase mais violenta e dura da ditadura militar.

Por Lula.com.br



Herói de Bolsonaro, Ustra matou 60 inocentes e torturou outros 500 na ditadura militar

11 de Outubro de 2018, 9:43, por Terra Sem Males
Idolatrado por candidato do PSL tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador durante a Ditadura

“Ele me tirou da cela puxando pelos cabelos e me batendo na cara. Aí eu fui sendo arrastada por ele ali no corredor das celas, apanhando. Antes de subir as escadas, eu perdi a consciência e acordei na sala da tortura toda urinada”. O triste depoimento é de Crimeia Schmidt, na época grávida de sete meses e uma das centenas de vítimas de Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-coronel chamado de herói pelo candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL).

O radical, que “homenageou” o torturador durante seu voto em favor do golpe de 2016 e cometeu crime de incitação à violência na ocasião, define da seguinte forma a sua relação com o primeiro militar condenado pela Justiça pela morte de 60 inocentes e a tortura de ao menos outras 500 vítimas.

“Conheci e fui amigo do Ustra. Sou amigo da esposa dele, sou uma testemunha viva de toda essa história do que queriam fazer com nosso país (…) O coronel recebeu a mais alta comenda do Exército, é um herói brasileiro. Se não concordam, paciência”, disse Bolsonaro em discurso na sessão do Conselho de Ética da Câmara em 2016.

Não chega a causar espanto as declarações do candidato, que já afirmou em entrevista que o grande erro da ditadura “foi torturar e não matar” e que os militares deveriam ter “fuzilado uns 30 mil naquela época”. Mas é conveniente lembrar o quão cruel e criminoso foi Ustra para entender (e evitar) o projeto de país que o deputado almeja para o país.

Nascido em Santa Maria (RS) em 1932, Ustra teve ascensão rápida como militar até ganhar notoriedade a partir do golpe de 64. Chefe do centro de investigações conhecido como Operação Bandeirante (Oban), criada em São Paulo em 1969, ficou rapidamente conhecido por “inovar”nas técnicas de tortura aplicadas contra todos aqueles que lutavam contra o regime autoritário imposto aos brasileiros. “Você vai conhecer a sucursal do inferno”, costumava dizer Ustra às suas vítimas.

Espancamentos, choques, afogamentos dividiam espaço com sadismos como colocar ratos e baratas nas vaginas das mulheres. Ustra também causava pânico quando aparecia de surpresa e levava os interrogados para os “passeios”: abraçava o detento e o levava a uma sala onde havia o corpo de um militante. “Se você não falar, vai acabar assim”, dizia. Além de não ter piedade nem com uma grávida, Ustra também se divertia levando os filhos para ver as mães serem torturadas.

Com o fim da ditadura militar na década de 1980, centenas de relatos começaram a manchar a imagem do “herói” de Bolsonaro. Mas somente em 2008 o militar foi condenado pelos seus crimes. Por decisão em primeira instância do juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, o coronel Ustra tornou-se o primeiro oficial condenado em ação declaratória por sequestro e tortura, mais de trinta anos depois de fatos ocorridos entre 1964 e 1985.

Ustra morreu em 2015 sem pagar pelos seus crimes. Infelizmente, o criminoso segue ameaçando as instituições democráticas por meio de seus súditos. Mesmo que historiadores revelem o quão cruel foi a Ditadura Militar no Brasil, Jair Bolsonaro adora dizer que o seu único livro de cabeceira é “A Verdade Sufocada”, obra delirante do coronel Ustra e cujo título ainda ironiza suas milhares de vítimas ao remeter a uma das técnicas de tortura utilizadas por ele. A esperança precisa vencer o ódio.

Da Redação da Agência PT de Notícias
Foto: 
Fabio Pozzebon/Agência Brasil



Haddad retomará políticas de combate à violência contra mulher

11 de Outubro de 2018, 9:20, por Terra Sem Males
O novo governo vai investir em ações para coibir as agressões e fortalecer legislações como as lei Maria da Penha e do Feminicídio

O data de 10 de outubro marca o dia nacional de luta das mulheres no enfrentamento à violência de gênero. O combate a esta forma de agressão é um dos compromissos firmados por Fernando Haddad e Manuela D’Ávila com as mulheres.

O candidato a presidente da República tem entre suas prioridades retomar as políticas criadas pelos governos de Lula e Dilma Rousseff e investir em ações para coibir a violência e punir os agressores.

Desde o primeiro ano do governo Lula e depois com a presidenta eleita Dilma Rousseff, o combate à violência de gênero foi abraçado pela gestão do PT. Entre as conquistas das mulheres nos 13 anos dos governos petistas estão as leis Maria da Penha e do Feminicídio, e a implementação de serviços como o Disque 180 e a Casa da Mulher Brasileira.

Os avanços, no entanto, foram interrompidos pelo governo golpista de Michel Temer, que em dois anos reduziu em 60% os investimentos no setor, enfraquecendo os instrumentos de enfrentamento à violência contra a mulher.

No ano passado, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada dois minutos uma mulher sofreu violência doméstica no Brasil, sendo que três mulheres foram mortas por dia vítimas de feminicídio – assassinato motivado pela condição de gênero.

Para coibir esses casos, o governo Haddad vai atuar na implementação integral da Lei Maria da Penha e no fortalecimento da lei que pune os crimes de feminicídio, com investimentos em investigações policiais e nos processos judiciais para que a autoria dos casos seja desvendada e os autores punidos.

O atendimento às mulheres vítimas de violência terá sua prioridade retomada pelo novo governo, com a Casa da Mulher Brasileira, um dos alvos dos cortes promovidos por Temer.

O complexo visa não só a assistência a mulheres que sofreram agressão, mas principalmente cuidados para que elas possam se empoderar e restabelecer a vida, e, com isso consigam quebrar o ciclo de violência em que vivem. O serviço foi criado na gestão de Dilma Rousseff e reúne serviços de acolhimento, apoio psicossocial e jurídico.

Serviços como o Disque 180 e ações preventivas serão intensificadas no governo de Haddad e Manuela D`Ávila, que será pautado pela busca da igualdade de gênero.

As políticas para mulheres voltarão a ter espaço no orçamento federal, com a recriação da Secretaria de Políticas para Mulheres com status de Ministério. A Pasta, que é essencial para a formulação de programas e ações de prevenção e combate à violência, teve sua estrutura desmontada por Michel Temer.

Por Geisa Marques, da Comunicação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT
Foto: Joka Madruga



Pernambucanos visitaram a Vigília #LulaLivre em apoio ao ex-presidente

10 de Outubro de 2018, 17:07, por Terra Sem Males

Thiago César, de Gravatá-PE, esteve na Vigilia #LulaLivre no mês de agosto. Ele visitou o espaço de resistência porque acredita “que Lula foi o melhor presidente que tivermos no país, aquele que conseguiu unir os povos e distribuir renda de forma digna para a sociededae brasileira”. Para ele houve outros motivos, como a gestão da educação com ações para as pessoas mais necessitadas e especialmente no estado de Pernambuco, onde a trasposição do rio São Francisco beneficiou milhares de brasileiras e brasileiros. “Pra gente foi algo primoroso”, conclui Thiago.

Na imagem: Thiago ao lado da esposa Cintia. Foto: Joka Madruga / PT Nacional



Eleições presidenciais 2018 | Editorial Terra Sem Males

10 de Outubro de 2018, 15:47, por Terra Sem Males

O Terra Sem Males é um site de jornalismo independente construído de forma colaborativa e voluntária por jornalistas progressistas e tem sua linha editorial focada em pautas e abordagens visando o olhar dos trabalhadores, dos movimentos sociais, das lutas sindicais e dos povos tradicionais.

Nossa atuação é direcionada em pautar e visibilizar denúncias de retrocessos e ataques contra os trabalhadores e povos, em favor dos direitos humanos.

Diante do resultado eleitoral, em que as eleições de 2018 para presidência serão decididas no segundo turno, o Terra Sem Males se posiciona contra o avanço do fascismo e contra a apologia à violência e à ditadura militar, entendendo que a candidatura de extrema-direita capitaneada por Jair Bolsonaro atinge a liberdade das mulheres, criminaliza o povo negro, pobre e os povos originários, além de fomentar o preconceito e a lgbtfobia.

O Terra Sem Males reafirma seu compromisso da defesa da pluralidade, da diversidade e dos direitos das minorias e, por esse motivo, esclarece que irá divulgar, neste segundo turno, informações sobre as propostas de governo de Fernando Haddad e sobre os atos públicos de apoio à sua candidatura e de sua campanha, como forma de esclarecer a população sobre a ameaça à democracia e às liberdades coletivas e individuais que a outra candidatura representa neste momento.

Em somente três dias após a finalização do primeiro turno, diversos atos extremos de violência foram registrados pelo país, incluindo uma morte por facadas, espancamento e atropelamento, deferidas por eleitores de Bolsonaro contra pessoas que se manifestaram ou estavam identificadas como eleitores de Haddad.

Até o momento, essas ações não foram devidamente repudiadas pelo candidato que diversas vezes, em entrevistas, homenageou a ditadura e incentivou a morte de oponentes, causando no país a chancela pela continuidade de atos de violência. Em momento algum de suas declarações ele pede aos seus seguidores que deixem de lado a agressão física contra qualquer pessoa que seja.

O candidato do PSL também declarou que irá impedir qualquer ativismo se eleito, denotando o uso de repressão e de aparelhamento militarizado em sua campanha eleitoral, o que inviabilizaria as lutas populares e mobilizações sociais, colocando em risco a dignidade, a cidadania e até mesmo a vida de grande parte da população.

Além da chancela à ditadura militar e à violência física, da apologia ao armamento, Bolsonaro também declarou que em seu governo nenhuma área indígena será demarcada, jogando os povos tradicionais à própria sorte.

O Terra Sem Males reafirma sua linha editorial e a defesa da democracia e irá atuar na divulgação de informações para que a sociedade esteja esclarecida e consciente dos riscos da candidatura de Bolsonaro e ainda, das propostas inclusivas de Haddad, que se articula numa ampla frente democrática para vencer as eleições presidenciais num embate entre a possibilidade de lutas sociais num governo democrático e o risco da volta da ditadura e de um governo opressor.

Foto: Joka Madruga.



Em decisão inédita no Paraná, mãe de filhas autistas terá redução da jornada de trabalho

8 de Outubro de 2018, 17:57, por Terra Sem Males

Decisão é da 4ª Vara do Trabalho de São José dos Pinhais

A Justiça do Trabalho determinou que uma bancária da Caixa Econômica Federal (CEF), mãe de filhas gêmeas, com pouco mais de dois anos de idade e recentemente diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo, tenha sua jornada reduzida de 8 para 4 horas diárias sem redução da remuneração. A decisão, inédita no Paraná, é da 4ª Vara do Trabalho de São José dos Pinhais.

“Ressaltamos que a partir do diagnóstico, a intervenção por meio de terapias multidisciplinares, o mais precocemente possível, é importante no sentido de minimizar o comprometimento global da criança com o espectro, no caso específico”, explica a advogada do escritório de advocacia ligado ao Instituto Declatra e responsável pela ação, Carolina de Quadros.

Segundo ela, a necessidade de se incluir diversas especialidades no tratamento da pessoa com autismo é consenso para os profissionais da saúde e esse cenário foi levado em conta tanto pelo juizado quanto na formulação do pedido de liminar. “Além das atividades próprias de crianças com a faixa etária, as gêmeas precisarão de acompanhamento pediátrico, neurológico, psicológico, de terapia ocupacional e fonoaudióloga. A rotina de cuidados e estímulos envolve tanto os atendimentos nos consultórios, bem como em ambiente familiar”, relata a advogada.

Outro ponto destacado por Carolina é que se a chegada de uma criança já muda a rotina da família, a situação ainda é diferente quando são gemêas e mais ainda quanto há este tipo de especificidade. “A decisão destacou que a redução da jornada da empregada possibilitará o acompanhamento do tratamento das filhas com atenção necessária e que os benefícios para o desenvolvimento das crianças são óbvios e dispensam maiores considerações”, completa.

Remuneração – Outro ponto importante da decisão é manutenção da remuneração da trabalhadora. “Isso possibilitará a mãe arcar com os compromissos financeiros corriqueiros, que compreendem desde a alimentação, vestuário, educação, transporte próprio e de seus familiares, dentre outros, e especialmente custear o tratamento multidisciplinar das filhas com autismo. A decisão que mantém a remuneração da autora observa o caráter alimentar do salário como fonte da manutenção da vida com dignidade da trabalhadora e sua família ”, aponta.

Segundo ela, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no artigo 1º dá este enfoque. “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”, diz trecho do documento.

Atualmente, há previsão legal para a redução da jornada de trabalho de algumas categorias específicas, especialmente no âmbito de servidores da União, assim como do Estado do Paraná e do Município de Curitiba. “Embora a legislação não se aplique aos empregados celetistas, podem ser utilizadas como norte de interpretação, em conjunto com a construção normativa e princípios da proteção à maternidade, à criança e à pessoa com deficiência”, analisou Carolina.

Em sua decisão, a magistrada Claudia Mara Pereira Gioppo, destacou a necessidade deste tipo de atenção da mãe para com suas filhas. “Dessa forma, não há dúvida ser necessário que a autora tenha a sua jornada de trabalho reduzida para prestar assistência direta às filhas autistas, de modo que possa acompanhá-las em suas rotinas de estimulação, a garantir seu melhor desenvolvimento, com a consequente inclusão social, imprescindível à dignidade humana.”, diz trecho da decisão.

Em caso de descumprimento da ação judicial a CEF deverá pagar uma multa diária de R$ 1 mil.

Imagem: Estufa do Jardim Botânico  iluminada em azul para homenagear o Dia Internacional do Autismo. Foto: Brunno Covello/ SMCS

Texto: Instituto Declatra