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Terra Sem Males

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Militantes do MST perdem tudo em incêndio criminoso no Paraná

16 de Agosto de 2018, 11:40, por Terra Sem Males

Após passar quatro dias na marcha Lula Livre, em Brasília, o comunicador Wellington Lenon, e sua companheira, a professora Juliana Cristina, voltaram para o pré-assentamento Herdeiros da Luta, em Rio Bonito do Iguaçu (PR), e encontraram somente os destroços do que era a casa em que moravam, destruída por incêndio criminoso. O local ocupado é área da União, em disputa judicial com empresa madeireira, e já está em fase de transição de acampamento para assentamento. Os trabalhadores sem-terra utilizam o espaço para cultivo de alimentos, ressignificando a área que anteriormente era utilizada somente para plantação de pinus, o chamado deserto verde, que impede o crescimento de outras variedades de plantações, mas vivem cercados por seguranças armados a serviço da empresa.

 



PT registra candidatura de Lula no TSE

16 de Agosto de 2018, 10:01, por Terra Sem Males

Acompanhados por cerca de 50 mil pessoas, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) registraram a candidatura de Lula, mantido preso político em Curitiba desde 07 de abril, à presidência para as eleições 2018, na sede do TSE, em Brasília, na última quarta-feira, 15 de agosto. O registro da candidatura foi precedido de ato dos trabalhadores e dos movimentos sociais, organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que marcharam por quatro dias com as colunas Prestes, Ligas Camponesas e Tereza de Benguela, para chegar à capital federal. Foto: Ricardo Stuckert.



15 de agosto, povo nas ruas.

15 de Agosto de 2018, 22:54, por Terra Sem Males

Anaterra Viana e Dr Rosinha formam a chapa do PT que disputa o governo do Paraná nas eleições 2018. O registro é do ato na Vigília Lula Livre, em Curitiba, simultaneamente ao realizado em defesa da candidatura de Lula para a presidência, formalizada no TSE, em Brasília, nesta quarta-feira, 15 de agosto, com a participação de 50 mil pessoas. Foto: Joka Madruga/Agencia PT.



Ação arbitrária da Prefeitura de Curitiba na violação do espaço da Sociedade Barracão

15 de Agosto de 2018, 16:12, por Terra Sem Males

Sem ordem judicial, um grupo composto por policiais e servidores administrativos intimidou nesta quarta (15) trabalhadoras/es que fazem a coleta e separação de materiais recicláveis em Curitiba.

Na tarde desta quarta-feira (15) os moradores da Sociedade Barracão, localizada no Boqueirão, município de Curitiba-PR, foram surpreendidos por agentes municipais, entre policiais militares e servidores administrativos, para inspeção do espaço. O grupo entrou no terreno onde cerca de 50 pessoas residem e trabalham sem ordem judicial e disse estar à procura de um carregamento de cobre roubado. Diante do fato de não ter encontrado nada pela “revista mal sucedida”, um servidor da Prefeitura da capital justificou o ingresso no terreno para pedir o alvará e a licença de funcionamento para as atividades de reciclagem desenvolvidas no local e notificou uma moradora. Outro fato que chama atenção foi a desproporcionalidade da ação. Sem fundamento legal, quatro viaturas oficiais, entre elas de polícia, e diversos agentes acompanharam a operação.

As investidas contra a fonte de sustento das famílias da Sociedade Barracão começaram em 2012, quando a Prefeitura de Curitiba ajuizou ação civil pública solicitando a “limpeza” do terreno e a proibição dos moradores recolherem mais material reciclável, numa evidente prática higienista. Desde então, apesar da tentativa de acordos, o Município se exime da responsabilidade de incluir a Associação de Catadores na política de resíduos sólidos para que as famílias adotem outra disposição do material reciclável, e continua insistindo na criminalização.

O trabalho com a reciclagem é necessário à manutenção da renda e dignidade de mulheres e homens. Além de gerar renda à uma população de baixos rendimentos e excluída do mercado formal, a coleta e separação de materiais recicláveis pelas/os trabalhadores contribui para dinamizar a economia e é a principal via de reciclagem de Curitiba, contribuindo com o meio ambiente e a organização da cidade. O trabalho com os recicláveis proporcionou melhora da qualidade de vida das famílias e tem sido objeto de estudo e atenção da mídia, organizações sociais e pesquisadores.

Nos últimos anos a urbanização do terreno tem avançado graças as parcerias com universidades, coletivos de arquitetos e engenheiros engajados na luta pelo direito à cidade e à moradia digna. Repudiamos assim as práticas de coerção às/aos trabalhadoras/es da Sociedade Barracão, as tentativas de criminalização de membros da Sociedade, a obstaculização da regularização do terreno e do trabalho destes cidadãos e a violação das vias legais, em visível pratica autoritária e discriminatória, para inspeção dos espaços.

Fonte: Terra de Direitos



Campanha pela presunção da inocência mobiliza juristas em defesa da democracia

15 de Agosto de 2018, 11:00, por Terra Sem Males

Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) recolhe assinaturas em abaixo-assinado que será entregue em setembro para Dias Toffoli, novo presidente eleito do STF.

Durante o mês de agosto, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) está em campanha pela presunção da inocência até o trânsito em julgado de ações judiciais, conforme determina a Constituição Federal. Um abaixo-assinado percorre o país para ser entregue para o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que assume a presidência do STF dia 13 de setembro. Acesse aqui o formulário para impressão e recolhimento de assinaturas.

O que diz a campanha pela presunção da inocência?

Toda pessoa é inocente até que se prove sua culpa. Esse é um princípio fundamental de direito, expressamente referido na Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela ONU em 1948 e incorporado à nossa Constituição, em seu artigo 5º, inciso LVII: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.  O Supremo Tribunal Federal pode e deve restabelecer o respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência.

Esse é o entendimento de campanha divulgada pela ABJD em conjunto com outras organizações para exigir que o Tribunal vote o mérito das ações de controle concentrado de constitucionalidade que estão no seu plenário, para dar efetividade a um dos preceitos constitucionais que fazem parte da base do Estado Democrático de Direito.

Em parceira com a ABJD, o jornal Brasil de Fato lançou um tabloide impresso especial sobre o tema.

Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, o juiz de direito Marcelo Semer afirmou que o STF relativizou a presunção de inocência por pressão da Operação Lava Jato. “A Constituição é muito clara em afirmar a presunção de inocência até o trânsito em julgado da decisão condenatória. Ocorre que, em 2016, sob pressão da chamada Operação Lava Jato, o Supremo mudou radicalmente seu entendimento. A ideia é de que o novo entendimento do STF facilitasse as prisões antes do trânsito, o que poderia servir para uma intimidação maior sobre os delatores”.

Acesse aqui para ler a íntegra do jornal Brasil de Fato especial sobre a presunção da inocência.

O que é a ABJD?

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia reúne esforços para evitar novos retrocessos e avançar nos direitos e garantias, conforme estabelece sua carta de princípios. A associação é uma proposta de unidade entre diversas categorias de juristas em defesa da democracia. Entre eles estão juízes, desembargadores, advogados, defensores públicos, professores, servidores do sistema de justiça, promotores, procuradores estaduais e municipais e estudantes de direito. Para saber mais, acesse www.abjd.org.br.

 

Por Paula Zarth Padilha



FARSA – A MISSÃO: Presidente dos Correios vai pra China e libera trabalhadores para ir às assembleias aceitar reajuste zero

15 de Agosto de 2018, 9:08, por Terra Sem Males

Por Cinthia Alves (SINTCOM-PR)

Um fato inédito está acontecendo nos Correios: o presidente da empresa manda liberar os trabalhadores durante o horário de expediente para que eles compareçam às assembleias e garantam o aceite da proposta da empresa de reajuste zero. Enquanto isso, ele vai pra China. O presidente dos Correios, Carlos Fortner, está em Pequim e por lá ficará até domingo (19). Ele chegou no dia 11, para participar de uma “reunião de alto nível” com o Operador Postal Oficial da República Popular da China (China Post), segundo despacho oficial do ministro Gilberto Kassab, publicado no dia 11 de agosto, ou seja, no último sábado.

No dia 10, enquanto provavelmente Fortner já estava em viagem, os trabalhadores dos Correios recebiam mensagens, em seus celulares pessoais, com vídeos e textos ameaçadores de Fortner. A mensagens diziam que se os trabalhadores não aceitarem a proposta de reajuste zero da Empresa, somente a reposição da inflação, medida em 3,68%, a ECT cortaria todos os benefícios do Acordo Coletivo, já nos contracheques do final do mês. Ao mesmo tempo, mandou os gestores realizarem uma sondagem junto aos trabalhadores para dizerem se concordavam com a proposta e depois divulgou na mídia que tinha a aprovação de 70% dos funcionários.

Desespero com uma possível greve

Apesar de estar com o controle dos Correios nas mãos, os mandatários de Carlos Fortner: Temer/Kassab/Campos/ precisam evitar uma greve durante a campanha eleitoral para não desgastar ainda mais o já combalido desgoverno Temer e impedir que muita sujeira venha à tona. Gilberto Kassab e Guilherme Campos são investigados e já respondem a processos por fraudes e desvios tanto nos Correios, quanto na prefeitura de São Paulo, quando Kassab foi o prefeito. Para ambos, a eleição é uma questão de sobrevivência, pois precisam garantir foro privilegiado em julgamentos no STF.

O início da farsa

Durante as negociações da campanha salarial, Fortner fez diversos ataques, entre eles, cortar o pagamento dos vales, pagando somente por dias trabalhados, aumento de jornada de trabalho sem pagar hora extra, extinção do vale cultura e vale cesta natalina, entre outros benefícios. Depois, veio com a oferta de um reajuste fajuto, abaixo da inflação. O xeque-mate estava reservado para os últimos minutos do dia 7 de agosto, data em que a categoria iria deflagrar uma greve sem precedentes na história dos Correios, a partir das 22h. A Empresa recorreu ao aliado Tribunal Superior do Trabalho, entregando uma proposta prontinha.

O vice-presidente do TST, divulgou a proposta, como se ela tivesse partido do Tribunal, mas estranhamente deixando que a Empresa se pronunciasse depois dos trabalhadores, fato bastante incomum, pois como um Tribunal pode ofertar algo sem que o dono do dinheiro esteja disposto a pagar, não é mesmo?! O ministro ainda enfatizou que a proposta só valeria se os trabalhadores não entrassem em greve. A possibilidade de aplicação da reforma trabalhista foi a ameaça fatal usada pelo magistrado para convencer os trabalhadores a não arriscarem uma greve e deixar a campanha salarial ir à dissídio naquela Corte. O conluio estava concretizado.

A proposta e os riscos futuros

A proposta de recomposição da inflação de 3,68% nos salários e demais benefícios, assegurando as cláusulas sociais do ACT, por mais um ano, apesar de não deixar que a categoria tenha perdas históricas, não contempla nenhuma das demandas dos trabalhadores. Continuaremos sem aumento real, com cobrança abusiva na mensalidade e coparticipação do plano de saúde – até que haja uma nova discussão no TST. Avança o sucateamento da empresa, fechamento de agências, extinção de cargos, terceirização da mão de obra e falta de concurso público.

Também não foi conseguido colocar nenhuma cláusula de garantia de manutenção do ACT nos próximos anos, caso não haja acordo. Se em ano eleitoral, não conseguimos avançar, o risco de retrocessos nos próximos anos é muito grande. Os Correios dependem diretamente das direções políticas indicadas por quem venha a ganhar as eleições e já se sabe que pelo menos sete postulantes à presidência da República são favoráveis à reforma trabalhista e colocam os Correios na mira da privatização: Bolsonaro (PSL), Alckimin (PSDB), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), Meirelles (MDB), Amoêdo (Novo), Cabo Daciolo (Patriota).

“A estratégia dos políticos que dirigem a ECT foi ameaçar os trabalhadores com ataques que retiravam direitos históricos da categoria, para depois ofertar a manutenção de direitos e reposição das perdas inflacionárias, levando os trabalhadores a acreditar que mantendo tudo como está já é uma vitória. Isso é um engodo”, afirmou China, secretário geral do SINTCOM-PR.

As duas Federações, Fentect e Findect, orientam os trabalhadores a aceitar a proposta. O SINTCOM-PR acredita que uma greve forte e ampla, poderia forçar a direção da ECT a atender a alguns pontos da pauta dos trabalhadores que não foram sequer analisados, mas sem uma adesão maciça, uma greve irá apenas punir os mesmos trabalhadores que sempre lutam por direitos enquanto outros só colhem os benefícios da luta. Sindicato não faz greve sozinho, cabe aos trabalhadores decidirem. O SINTCOM-PR irá apoiar a decisão soberana da maioria.



Jogo de compadres garante reajuste salarial para ‘casta’ do funcionalismo

14 de Agosto de 2018, 21:45, por Terra Sem Males

Com o voto de 42 deputados, foi derrubado ontem, 14 de agosto, o veto da governadora, Cida Borghetti, ao Projeto de Lei que autorizava reajuste de 2,76% para as/os servidoras/es da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas. Isso significa que 95% do funcionalismo ficará de fora.

Mas se engana quem acha que a “derrubada do veto”, que nada mais é do que as deputadas e os deputados dizendo “não aceitamos a sua ordem” é uma derrota para Borghetti. A negativa da governadora era apenas uma tentativa de fazer passar a proposta de reajuste salarial abaixo da inflação para todas e todos no início de julho.

Os poderes que vão pagar o reajuste têm orçamento próprio. Embora a quantia paga para o quadro de servidoras/es impacte na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF -, o reajuste para os cerca de dez mil envolvidos não implica na quebra do limite fiscal. Cida jogou para torcida na época assim como as/os deputadas/os aliadas/os jogam agora.

Com certeza essa não é uma dor de cabeça para a governadora que, inclusive, viu a filha, deputada Maria Vitória, e o líder do governo, Pedro Lupion, serem os únicos a votar a seu favor.  Se estivessem de fato dispostos a comprar uma briga com a governadora, a maioria das/os parlamentares estariam defendendo o mesmo reajuste para as/os trabalhadoras/es do Poder Executivo, mais de 147 mil profissionais.

Na realidade essa não seria uma briga contra Cida, mas pela legalidade. O Fórum das Entidades Sindicais já escancarou uma série de dados, extraídos do próprio portal da transparência. Existe dinheiro em caixa assim como existe margem para o reajuste de 2,76% ser pago sem agredir a LRF.

As/os servidoras/es já acumulam uma defasagem salarial de 12%. O que está posto é mais que um calote do Executivo com respaldo do Legislativo. É uma forma de governar, um projeto político que tira investimento dos serviços prestados à população e destina para as terceirizações, para as relações nada transparentes com a iniciativa privada.

 

Texto: Marcio Mittelbach / SindSaúde PR

Foto: Ana Beatriz Pazos



Correios ameaçam trabalhadores com reforma trabalhista para forçá-los a aceitar reajuste ZERO

13 de Agosto de 2018, 15:28, por Terra Sem Males
Funcionários receberam mensagens no celular particular afirmando que a Empresa iria cortar todos os benefícios
Os trabalhadores dos Correios foram surpreendidos na noite de quinta (9), por volta das 21h,  ao receber mensagens da empresa com um vídeo de Carlos Fortner, presidente da ECT, apelando para que eles aceitassem a proposta da Empresa via TST, de 3,68% de reposição salarial, medida pelo INPC, ou seja, zero percentual de aumento real, mas com a condição de que não entrassem em greve. As ameaças, seguidas de apelo, foram enviadas no número particular dos trabalhadores via aplicativo de mensagens.

No dia seguinte, gerentes das unidades imprimiram e leram aos seus subordinados, um email da Empresa, no qual a ECT diz que o Acordo Coletivo da Categoria perdeu a validade no dia 1º de agosto – dia da data-base – e que, no caso de os trabalhadores não aceitarem a proposta rebaixada dos Correios, ao final do mês, receberiam somente o que diz a CLT, ou seja, salário e vale transporte. O email foi replicado para o celular dos funcionários, novamente.

Nesse caso, os trabalhadores perderiam o direito ao vale alimentação, auxílio creche entre outros benefícios, pagos para tentar compensar os baixos salários pagos aos ecetistas. Um carteiro ganha em média R$ 1.600 de salário base bruto.  O TST havia dado prazo até o dia 9 para os sindicatos se manifestarem e depois prorrogou até o dia 15, a pedido das duas federações que representam os trabalhadores.

A direção da estatal também quis obrigar os funcionários a responder uma sondagem na qual deveriam responder se concordavam com a proposta da empresa. A pesquisa foi feita pelos gestores e pedia identificação e assinatura do trabalhador, num formulário impresso.

Para o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (SINTCOM-PR), as mensagens têm o objetivo claro de coagir os trabalhadores, além de ferir a Lei, por prática antissindical (Art. 8º da CF e Convenção 98 da OIT), causando dano moral coletivo. “Se antes tínhamos o voto de cabresto, agora estão aplicando a proposta de cabresto, onde o trabalhador é coagido individualmente para aceitar as imposições da Empresa, mesmo que danosas. Os Correios pertencem ao povo brasileiro e aos seus trabalhadores e não a um grupo de políticos entreguistas do patrimônio nacional. É um retrocesso inaceitável em qualquer país que diz fazer parte de uma democracia”, afirmou o secretário geral do sindicato, Marcos Rogério Inocêncio (China).

Correios financiam seminário a favor da reforma trabalhista

ECT aparece como “patrocinador OURO” em site da empresa que realiza o evento

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (SINTCOM-PR) protocolou na terça, 7 de agosto, um pedido de informações via Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), assim que recebeu a denúncia de que os Correios estão financiando com “patrocínio Ouro” uma jornada de seminários pelo país na defesa e aplicação da reforma trabalhista. É o “Projeto Articulação Política Pelo Emprego – Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (IBEC) em parceria com a Câmara dos Deputados e a Secretaria Geral da Presidência da República.

Trata-se de seminários em diversas regiões do país, de 19 de junho a 28 de setembro, com programação fixa e participação de Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), incluindo o ex-presidente Ives Gandra Martins Filho, notório defensor das alterações que prejudicam os trabalhadores e favorecem as empresas.

A denúncia chegou à Câmara dos Deputados. A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que o deputado Ronaldo Nogueira, presidente da comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal, será formalmente questionado sobre o apoio da comissão aos seminários a favor da Reforma Trabalhista. Kokay é membro da mesma comissão e explica que “a comissão é um colegiado e tem que se posicionar sobre as pautas. Ainda que o presidente negue os dados e ache que a reforma trabalhista modernize a relação, porque a verdade não há modernização, o que há é retrocesso”.  A deputada afirma que a posição pessoal do deputado “não pode ser considerada a posição da comissão”, afirmou Kokay.

Ela soube desse encaminhamento por parte de Nogueira após denúncia feita pela Federação das Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) de que bancos públicos estão patrocinando esses seminários. Com relação aos patrocínios vindo de empresas estatais, a deputada afirma que é ainda mais grave. “Mais grave porque estamos falando de patrocínio de empresas públicas que se negam a negociar respeitosamente com trabalhadores e tem o maior servilismo ou subalternidade de usar dinheiro que deveria ir para crédito social e produtivo, usando esse recurso para construir uma verdadeira enganação da classe trabalhadora”, disse.

*Trabalhadores dos Correios realizam assembleias no dia 14 para decidir se entram em greve*

No dia sete de agosto, data em que os trabalhadores dos Correios de todo o Brasil realizaram assembleias para deflagrar a greve a partir das 22h, o Tribunal Superior do Trabalho, a pedido da direção dos Correios, apresentou uma proposta para que a ECT pagasse a reposição da inflação, medida pelo INPC em 3,68% (de agosto/2017 a julho/2018). As cláusulas do Acordo Coletivo seriam mantidas, mas sem rever o Plano de Saúde, no qual continuam a valer as mesmas regras de cobrança de mensalidade e coparticipação, decididas em março, no julgamento do TST. As cobranças sobre o Plano de Saúde, para titulares e dependentes, já representam 70% de desconto nos salários de muitos trabalhadores, sendo que 16 mil vidas já abandonaram a Postal Saúde e, hoje, dependem exclusivamente do SUS.

Os trabalhadores dos Correios estão em Estado de Greve. Eles pedem 8% de reajuste nos salários e no vale alimentação, além de manutenção dos direitos históricos da categoria, como o auxílio creche e pagamento dos vales durante período de licença médica por acidente de trabalho, direitos que a ECT ameaçou cortar.

Em assembleias a serem realizadas em todo o Paraná e no Brasil, nessa terça, dia 14, eles votam se aceitam a proposta da Empresa ou se iniciam uma greve nacional, no mesmo dia, a partir das 22h. São 5.600 trabalhadores no Paraná e 106 mil em todo o Brasil.

Fonte: Sintcom-PR



Deputada Erika Kokay questiona apoio de Comissão do Trabalho da Câmara a seminários

13 de Agosto de 2018, 9:10, por Terra Sem Males

Iniciativa da FETEC que denunciou uso de dinheiro público para patrocínio de seminários a favor da reforma trabalhista teve repercussão nacional e gerou reação política na Câmara Federal

De acordo com informações divulgadas pela Agência PT, a deputada Erika Kokay afirmou que o deputado Ronaldo Nogueira, presidente da comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal, será formalmente questionado sobre o apoio da comissão aos seminários a favor da Reforma Trabalhista. Kokay é membro da mesma comissão e explica que Nogueira apresentou no requerimento número 332/2018, de abril, pedido de participação na realização do projeto “Articulação política pelo emprego” e que três meses depois o projeto foi apresentado com o adendo “Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho”, mas que “a comissão é um colegiado e tem que se posicionar sobre as pautas. Ainda que o presidente negue os dados e ache que a reforma trabalhista modernize a relação, porque a verdade não há modernização, o que há é retrocesso”.  A deputada afirma que a posição pessoal do deputado “não pode ser considerada a posição da comissão”, afirmou Kokay.

Ela soube desse encaminhamento por parte de Nogueira após denúncia feita pela Federação das Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) de que bancos públicos estão patrocinando esses seminários. Com relação aos patrocínios vindo de empresas estatais, a deputada afirma que é ainda mais grave. “Mais grave porque estamos falando de patrocínio de empresas públicas que se negam a negociar respeitosamente com trabalhadores e tem o maior servilismo ou subalternidade de usar dinheiro que deveria ir para crédito social e produtivo, usando esse recurso para construir uma verdadeira enganação da classe trabalhadora”, disse.

Acesse aqui para conferir repercussão da denúncia da FETEC na Comissão de Trabalho da Câmara.

O pedido de informações feito pela FETEC também desencadeou em mobilização por parte dos trabalhadores dos Correios, que estão em estado de greve. De acordo com informações divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná outro pedido de informações via Lei da Transparência foi protocolado pela entidade, para saber quanto foi o valor deste patrocínio.

A denúncia também teve grande repercussão na imprensa paranaense e nacional, com publicações nos sites de notícia Brasil 247Portal GGNBrasil de FatoTerra Sem MalesPorém.netTeia Popular, nos sites de sindicatos de bancários, como Contraf-CUTSP BancáriosSEEB CuritibaVida BancáriaSEEB AmapáSEEB Jundiaí, FETEC RJ/ES, e outros sites, como Portal VermelhoSindiprevsInstituto Democracia PopularSintcom-PRAgência PTFetraconspar.

Entenda

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) protocolou no final de junho pedido de informações junto às empresas públicas Caixa, Banco do Brasil e Correios, e ainda, junto à Presidência da República, via Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), sobre os patrocínios divulgados pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (IBEC) para a realização do “Projeto Articulação Política Pelo Emprego – Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho”.

Divulgada oficialmente pela Câmara Federal como “projeto com objetivo de debater de forma técnica e sem ideologia a aplicação da lei da reforma trabalhista”, a jornada é coordenada pelo deputado Ronaldo Nogueira, ministro do trabalho de Temer na época da aprovação da lei, e prevê em sua programação abordagem direcionada com a participação de Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), incluindo o ex-presidente Ives Gandra Martins Filho, notório defensor das alterações que prejudicam os trabalhadores e favorecem as empresas.

Conforme divulgação do IBEC, a correalização do evento é das entidades patronais Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Febraban (Federação Brasileira de Bancos), além de parceria com a Presidência da República.

A “jornada”, que teve início em Brasília, dia 19 de junho, está confirmada em outras 50 cidades. No Paraná, serão realizadas no mês de setembro, em Curitiba (10), Cascavel (11), Ponta Grossa (12), Londrina (13), Maringá (14) e Foz do Iguaçu (15). Um evento “especial” está marcado para 28 de agosto, em Brasília, no Plenário 12, Anexo II, da Câmara dos Deputados.  

Os apoios institucionais incluem universidades privadas do Rio Grande do Sul, como a UCS, de Caxias do Sul, a Ulbra, a PUC, e também empresas de comunicação, como as TVs Record e Bandeirantes e o jornal Correio do Povo.

Parceria da Câmara com o IBEC

O Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (IBEC), entidade que realiza a jornada a favor da Reforma Trabalhista em parceria com a Câmara Federal, tem sede no Rio Grande do Norte e é uma entidade sem fins lucrativos, com imunidade tributária, cuja atividade principal vinculada ao CNPJ é “atividades de associações de defesa de direitos sociais”. Sua direção e composição ficam a cargo de magistrados, advogados, professores e procuradores.

Identifica-se como notória na realização de “tradicionais eventos jurídicos” desde 1996 e disponibiliza em seu site um portfólio desses eventos, em que os folders de divulgaçãodestacam fotos de praias do nordeste brasileiro e resorts.

Caixa e BB patrocinam seminários a favor da reforma trabalhista

O pedido de informações junto às empresas públicas Caixa, Banco do Brasil e Correios, e ainda, junto à Presidência da República, via Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), visa esclarecer diversas modalidades de patrocínio divulgadas, como “ouro”, “prata”, “platinum” e “master”, além de apoios institucionais de empresas de comunicação e entidades patronais, incluindo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Em resposta, a Caixa, através da Superintendência Nacional de Promoções e Eventos, confirmou que está patrocinando o projeto com R$ 300 mil, equivalentes ao patrocínio master. Com um tópico de “esclarecimento”, o banco contextualiza os eventos com a finalidade de discutir com profundidade as alterações, “assim como debater alternativas de potencialização do crescimento econômico e geração de emprego e renda”. Um outro esclarecimento da Caixa sobre o patrocínio, é que ele foi aprovado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Já o Banco do Brasil confirmou o patrocínio, que também é “master”, tal qual o da Caixa, mas decretou sigilo quanto ao valor. A justificativa do banco público para a disponibilização de verba para promover seminários a favor da reforma trabalhista foi mercadológica: de acordo com a gerência executiva da BB Seguros, logo estampada no patrocínio, trata-se de “iniciativa de posicionamento de marca que suporta os objetivos estratégicos da Companhia, tanto do ponto de vista do interesse mercadológico, considerando o público-alvo presente nos eventos e as possibilidades negociais em potencial, quanto do ponto de vista institucional”. A resposta também situou que o valor, não divulgado, possui “alinhamento de mercado” e apresenta “importante pacote de contrapartidas tanto de imagem quanto de inscrições de participação”.

O BB Seguros é um braço do banco público para seguros, previdência, capitalização e planos odontológicos oferecidos pelo BB, está se situando como mercadológico, mas ainda assim está submetido à Lei da Transparência via Controladoria Geral da União (CGU), órgão responsável pela centralização dos pedidos de informação sobre o poder público federal, escancarando o viés privado do governo Temer.

Confira as informações oficiais divulgadas sobre os seminários:

Acesse aqui informações sobre os conferencistas.

Acesse aqui informações sobre os patrocinadores dos eventos.

Acesse aqui o calendário de realização nas cidades.

Acesse aqui a matéria oficial da Agência Câmara sobre os seminários.

 

Por Paula Zarth Padilha
Foto: Agência Câmara

FETEC-CUT-PR



FINAL – FUTEBOL SEM TEMPERO, MAS O PAÍS TEM GOSTO

10 de Agosto de 2018, 18:09, por Terra Sem Males

FINAL

::Capítulo X – Tiros ao vento!  

O barulho da porta dos fundos deixa Cat Blake ainda mais doida. Ela efetua uns disparos em direção aos fundos do depósito e é neste momento que eu, mesmo com dificuldade, consigo dar uma cabeçada na cara dela. Espero ela baixar a guarda, após os tiros, e a acerto em cheio a cara dela.

Depois grito pra confirmar se é minha ‘nega veia’ que tá pela área. Aí a porta se abre e minha mulher chega pra me desamarrar. Já com minha pistola, olho pra Cat Blake no chão, ela parece tentar, meio que lutando pra acordar, falar algo, mas quando vejo ela mexer a boca, descarrego minha 765 na cara da maldita.

Agora ninguém saberá do meu lance com a falecida. Após os tiros, minha esposa chega e dá uns chutes nela, com raiva, com prazer, pra vingar Tim e Tião. O sangue jorra. Olho pra ela, dou um sinal de positivo e vou até o quintal, nos fundos do bar.

Logo no começo dos nossos negócios, Tião sempre falava das lembranças que tinha do interior de São Paulo, das épocas em que cortava cana com sua família. E pra lembrar as origens, ele pediu pra plantar um pequeno canavial nos fundos do bar. Lá, enterrada, estava nossa fortuna.

– Aqui, meu amor, vem ver!

Usei uma pá pra tirar um pouco de terra que escondia um caixão enterrado no meio da vegetação. Quebrei a tranca e vi aqueles sacos pretos. Sabia que ali tinha uma boa quantidade de cocaína e dinheiro.

Então eu e minha mulher pegamos o táxi do Bigode e fomos pra casa. Sinceramente, com tanta grana, droga, contato e documentos; posso afirmar que tenho mais anos de vida do que imaginava quando saí de casa ‘pela última vez’.

Volto mais forte, com o dia clareando. Olho pra minha ‘nega’, ela está radiante, selvagem e com olhar ambicioso. Fazemos o melhor amor das nossas vidas. Minhas feridas são marcas da vitória e sei que o jogo não pode parar.

A bola rola e a fila anda, agora sou patrão e minha mulher está comigo nos negócios. Lembro-me do diário de Tim, quando ele escreveu que vivia cada dia como se fosse o último. É assim que seguimos.

Os jogos continuam, só mudam os jogadores. O objetivo é o mesmo: gastar.

Gastar a bola, gostar o nariz, gastar o salário, gastar o lucro, gastar o que não se tem, pedir emprestado, se endividar, matar ou morrer.

Depois de tudo, o que mais me deixou fodido foi encontrar naquela papelada do Tião o documento de posse do tríplex do Guarujá! A verdade é só uma: o apartamento nunca foi do Lula.

Encontrei também naquela papelada muito pagamento de propina pra juiz, desembargador e a galera do colarinho branco.

Tudo isso me deixou muito puto. Só de registro de pagamentos à polícia deu uma boa planilha fúnebre. Tive que queimar arquivo. Se antes Tim era quem fazia o trabalho sujo, naquela noite, quando minha mulher matou Bigode, ela se encontrou.

Agora minha nega é também minha matadora. Desprendida de afeto pelo sistema e com muito amor por nossa Vila.

Pode vir nos visitar, aqui não toca o nacional antes das partidas de futebol, é minha mulher que dá tiros para o alto. Aqui nós somos a lei e exigimos respeito.

 

Por Jornaldo.

Leia Penúltimo Capítulo.