Desemprego no Brasil 2013 bate record!
23 de Dezembro de 2013, 17:29 - sem comentários aindaÉ a menor taxa de desemprego registrada desde o início da série histórica.
do Mural de Dimas Roque
O legado de João Claudio Derosso
21 de Dezembro de 2013, 15:26 - sem comentários aindaOu,
Como Funciona a Meritocracia nas Terras de Nossa Srª da Luz dos Pinhais
Mary Derosso ou, se preferir, Maria Helena Derosso, irmã do ex-vereador, João Claudio Derosso o quase eterno presidente da Câmara Municipal de Curitiba durante os anos 1996 -2011, divulgou nota justificando o salário que recebe como bibliotecária na Câmara Municipal, R$ 26.723,13.
Segundo Mary, seu salário de quase 27 mil reais, se justifica por ela ser servidora concursada, com mais de 30 anos de casa, com curso universitário, várias especializações e pós-graduação.
Mary ainda reclamou que boa parte de seus vencimentos viram descontos na forma de Imposto de renda, IPMC, ICS, seguro de vida e outros. Além disso, Mary tem que bancar do próprio bolso seus custos com transporte, alimentação, telefonia fixa e móvel, selos, material de escritório e seu notebook.
Mary é mesmo polivalente. Além de trabalhar na Câmara Municipal sem direito a negociar férias, sem receber horas-extras e muitas vezes trabalhando até as 22 horas atendendo sessões solenes, audiências públicas e CPI, ainda arranja tempo para manter um blog. O Blog da Mary Derosso, com 1406 publicações no ano de 2013. Em média, 29 novas postagens a cada semana.
Eu aqui, que nem trabalho tanto, consigo postar uns três ou quatro artigos por semana. (vai ver é por isso que não ganho 27 milhas por mês)
Pobrezinha!
O salário médio para bibliotecários do setor público no Brasil é por volta de R$ 6.000,00, caso o profissional possua doutorado, essa média passa para R$ 8.000,00. Numa pesquisa rápida, o salário mais alto para a função que encontrei nos quadros do Governo Federal é de R$ 20.000,00.
Mary recebe o valor máximo permitido para os funcionários públicos no Brasil e, a partir de janeiro, esse valor passará para R$ 29.462,25.
A pujança de Curitiba, o paraíso meritocrático neo-liberal, não tem limites. Aqui, na terra da fartura, uma bibliotecária com pós-graduação ganha o mesmo que um ministro do Supremo Tribunal Federal!
Não questiono a competência da funcionária, mas tem algo de muito estranho em tudo isso.
Se ela tem mais de 30 anos de casa, foi aprovada em concurso antes da promulgação da atual lei de concursos públicos, definida na constituição federal de 1988, artigos 37 e 70.
Não custa lembrar que a dinastia Derosso reinou na câmara municipal de por mais de 50 anos. O Pai de Mary derosso e de João Claudio Derosso, manteve seu mandato de vereador de 1961 até 1988. Na sequência, João Derosso foi eleito sucessivamente de 1988 até 2008. De 1996 até 2011 (16 anos) exerceu ininterruptamente a presidência da casa de leis municipal. A própria Mary tentou dar continuidade a este legado lançando-se candidata em 2012 pelo PSDB. Com seus 2.532 votos é suplente do partido na atual legislatura.
Não quero acreditar, mas pelo que parece, Mary Derosso teve seus vencimentos aditivados graças a seu grau de parentesco com o presidente da Câmara Municipal durante 16 anos.
Não vai dar em nada, mas acho que caberia uma investigação do caso e, quem sabe, uma melhorada na legislação para que esse tipo de assalto aos cofres públicos não volte a ocorrer.
Só a título de comparação:
Dos oito bibliotecários da prefeitura municipal de Curitiba, o mais antigo, admitido em junho de 1983, recebe vencimento bruto de R$ 8.177,09. A média salarial para os bibliotecários da capital é de R$ 6.466,35, bruto.
A meritocracia curitibana não é mesmo uma maravilha?
Enquanto alguns “competentes” desfrutam de uma remuneração equivalente ao teto estabelecido por lei, a cidade continua sofrendo com a falta de creches, médicos, segurança,calçamento precário, ruas esburacadas e coisinhas do tipo.
Quantos agentes de saúde, professores ou guardas municipais poderiam ser contratados por R$ 26.723,13/mês?
Pois é.
Obrigado Mary Derosso pelos excelentes serviços prestados a nossa desmoralizada Câmara municipal.
Obrigado João Derosso, por todo seu legado em prol de todos os curitibanos. Sentiremos os efeitos de todas as suas realizações por muitos anos ainda.
Polaco Doido
O fim da era das trevas na CDHM da Câmara Federal
19 de Dezembro de 2013, 16:04 - sem comentários aindaFinalmente chega ao fim o período mais tenebroso a que foram submetidos os direitos humanos em toda a história do Brasil. Ontem 18/12, foi realizada a última reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo pastor neo-pentecostal Marco Feliciano(PSC-SP) e composta em sua quase totalidade por deputados da bancada evangélica da Câmara Federal, deputados do PSC e a presença sempre polêmica do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), um conservador assumido, saudoso da ditadura militar e que já havia declarado que o grande erro da ditadura foi ter apenas torturado e não matado todos os ditos subversivos.
Que tipo de negociação de bastidores permitiu que esse bando de conservadores e extremistas religiosos ficassem responsáveis pelos excluídos e minorias no Brasil?
Conservadores, por essência, só tem interesse no próprio umbigo, só estão dispostos a defender suas próprias causas. A presença deles na CDHM foi como colocar um gambá para cuidar do cesto de ovos, como deixar a rataria responsável pelo silo de grãos. Sem dúvida, o maior erro de Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL) como presidente da Câmara Federal.
O resultado foi o show de horrores que vimos durante todo o ano. As reuniões da comissão transformaram-se em campo de batalha onde se enfrentavam de um lado os ativistas do movimento feminista e LGBT e de outro, os deputados da comissão e seus apoiadores ligados a grupos religiosos.
Nada de relevante foi proposto, debatido ou realizado. As reuniões apenas torraram dinheiro público e serviram principalmente para proporcionar mais visibilidade ao presidente da comissão, Marco Feliciano e seu principal escudeiro, Jair Bolsonaro, ambos com suas reeleições praticamente garantidas e com Feliciano se acreditando apto para disputar uma única vaga ao Senado Federal.
De onde vem tanta intolerância e intransigência?
Será que é tão difícil assimilar a realidade de que por mais que se proíba o aborto ou os relacionamentos homossexuais eles sempre irão existir, independente de qualquer determinação legal.
Se é assim, por que não zelar pela segurança e bem estar destas pessoas excluídas?
Não o fizeram porque algumas posturas dessas minorias ferem alguns preceitos de uma religião dominante.
Atente para este artigo da CF-88:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
A separação entre religião e estado foi esquecida, deixada de lado. A comissão de Feliciano peitou a constituição e ganhou a disputa de lavada.
Quando é que nossa frágil democracia terá maturidade suficiente para separar as atribuições que são da religião daquelas atribuições que são do estado?
É tão difícil entender que a fé, a religião são uma escolha pessoal , individual e o estado, em contra partida, existe para atender toda a coletividade, independente das escolhas pessoais de cada indivíduo.
2013 foi um ano perdido para os direitos humanos no Brasil.
Feliciano e sua trupe não vão cuidar destes assuntos no próximo ano. Esse não é um motivo para se comemorar. Longe disso, é hora de lamentar, de lamber as feridas, de assumir os erros e tentar encontrar mecanismos que tentem evitar esse tipo de absurdo para os próximos anos.
Pelo menos, esta triste experiência nos serve como alerta:
Se a experiência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara sob o comando da bancada evangélica foi de tal maneira negativa para aquela pasta, imagine no que se transformará esse país a partir do dia em que essa mesma bancada evangélica finalmente atingir seu principal objetivo que é eleger um presidente da república.
Será que vai ter lugar para tanto esquerdista, comunista, feminista e militante LGBT no vizinho Uruguai?
Polaco Doido
Sem Richa, pior do que está não fica
18 de Dezembro de 2013, 14:43 - sem comentários aindaNão faz muito tempo, durante a campanha eleitoral de 2010, lembro que seguidamente eu alertava meus familiares e amigos de que Beto Richa seria uma péssima escolha para o estado do Paraná. Não apenas por ele ser tucano ou por suas posturas típicas de um piá-de-prédio crescidinho, não mesmo. Beto foi prefeito da minha cidade durante seis anos e nesse tempo todo, não fez nada de relevante para a cidade – talvez apenas a meia linha verde. Em compensação, a cidade virou um balcão de negócios. Foi durante sua gestão que o ICI firmou seus contratos mais lucrativos e mais lesivos ao município. Também foi durante a gestão Richa o período em que a máfia dos radares mais lucrou na cidade e também, foi nessa época, em que os contratos de locação de veículos, coleta de lixo e transporte público mais custaram aos cofres municipais sem que isso revertesse em qualquer benefício para os curitibanos.
Pois é. Em 2010 eu já previa que o governo de Richa no comando do estado do Paraná seria ruim, mas nem no pior cenário imaginado, esperava que fosse tão ruim quanto está.
Richa conseguiu o impensável, transformou um estado rico e produtivo, num estado produtivo e quebrado. A situação é tão calamitosa que não se tem dinheiro em caixa para garantir o 13º do funcionalismo do estado foi preciso fazer um empréstimo junto a bancos internacionais para garantir o pagamento. As obras estão paradas em todos os cantos e fornecedores sem pagamento, o executivo e legislativo que só sabem de fazer esquemas para tentar engordar os cofres, quase sempre, tentando dar o drible-da-vaca nas normas e legislações vigentes (como no caso dos depósitos judiciais, Caixa Único, tarifaço do Detran, o Tudo Aqui e, mais recentemente, a tentativa de se terceirizar novos médicos do estado através do Funeas (Fundação Estadual de Saúde).
O governo Richa é um fiasco muito pior do que qualquer um poderia prever.
Onde se pensou que os atendimentos da polícia militar seriam tão seriamente comprometidos pela falta de combustível nas viaturas ou corte das linhas telefônicas por falta de pagamento?
Daí, nem é de se admirar que crimes que chocaram a sociedade como o caso Tainá e outros tantos, permaneçam sem solução.
Nem vou continuar por que não é educado bater em quem já está caído e diversas informações a respeito do caos no atual governo do estado pipocam em todos os veículos de imprensa do Paraná e do Brasil.
A questão é:
Apesar do evidente fracasso administrativo do Choque de Gestão do governo Richa, ele é candidato a reeleição em outubro de 2014.
Infelizmente no Brasil, as eleições não são vencidas por aquele candidato que se mostra mais competente, aquele com as melhores propostas e melhores soluções. Por aqui, as eleições são vencidas por aqueles grupos e candidatos com a melhor campanha de marketing, com a melhor propaganda e com a maior quantidade de cabos eleitorais remunerados.
Nesse aspecto, Richa, sem nenhuma dúvida, é o candidato mais forte para as próximas eleições. Ele tem a máquina do estado, tem ampla maioria na ALEP, tem mais de 4.000 comissionados no estado trabalhando para sua reeleição. Muito mais importante, tem o apoio e adesão de grupos econômicos poderosos, o dinheiro não vai faltar na campanha e contra os outros candidatos que se apresentaram para o pleito até aqui (Gleisi, Requião ou Pessuti) Richa ainda é franco favorito.
Sinceramente, gostaria que Richa desistisse de seus planos de reeleição. Para quê? Pelo salário de R$ 26,7 mil/mês, pelos salários de R$ 20 mil de seu irmão e esposa como secretários de estado?
Ora, Richa não precisa disso, está com a vida feita, além disso, sua mulher tem posses, tem um bom patrimônio, é rica. Richa é governador, mas como ele mesmo admitiu, “Não Trabalho Aqui.”
Governador pare com isso. Desista, vai curtir a vida, praticar automobilismo, viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas de seu elevado nível social. Deixe a gentalha paranaense ser governada por quem está de fato preocupado com eles.
Sim, talvez o governador tenha a preocupação de deixar o estado nas mãos de qualquer um dos concorrentes que se apresentaram até agora. Concordo, nenhum deles se apresenta como uma boa alternativa.
Mesmo assim, é uma preocupação irrelevante. Basta colocar qualquer um para disputar a eleição no seu lugar. Sugiro até, que se lance para o governo do estado, Toni, um labrador de dois anos.
Tenho certeza que com Toni como governador:
Pior do que está não fica!
Polaco Doido